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Empresários estão preocupados com a idoneidade do documento A apresentação de atestados médicos por colaboradores do comércio de Florianópolis vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. Além do número preocupante, os empresários do centro da Capital lutam com outro problema: os atestados falsos. Principalmente em feriados prolongados, o alto índice de adoecimento dos funcionários tem levantado dúvidas sobre a idoneidade do documento.

De acordo com um levantamento realizado com associados da CDL de Florianópolis e com apoio do Sescon Grande Florianópolis, 83% das empresas consultadas receberam pelo menos um atestado por afastamento ou declaração de comparecimento ao médico por mês durante o último ano.

A amostragem revelou ainda um aumento de 5,5% na apresentação de atestados médicos entre janeiro e agosto de 2016, se comparado ao mesmo período do ano anterior. No total, 54% das faltas foram justificadas com o documento pelos colaboradores do comércio da Capital, um número considerado alarmante.

Para Lidomar Bison, presidente da CDL de Florianópolis, as empresas estão trabalhando com o quadro funcional mínimo. “O pagamento da remuneração está baseado na contra prestação de serviços e o pagamento por afastamento significa prejuízo para uma das partes, que é a empresa. Quando porventura o atestado for falso, significa uma apropriação indébita de salário uma vez que a doença não aconteceu. Sem contar que a ausência do colaborador afeta toda a equipe, refletindo no bom funcionamento e atendimento ao consumidor”, alerta o dirigente.

O maior questionamento dos empresários é que exista uma maneira para verificar se os atestados apresentados pelos colaboradores são, de fato, verdadeiros. Isso ajudaria a prevenir que pessoas de má-fé usufruam das facilidades de forjar um carimbo e adquirir de forma irregular blocos de receituários de uso médico para prescrever o documento.

“A iniciativa da CDL em levar informação ao lojista é muito importante, pois o empresário da contabilidade é o elo entre o lojista e o fisco. Por isso o Sescon apoia iniciativas como esta”, avalia Fernando Baldissera, presidente do Sescon Grande Florianópolis.


Florianópolis, 31 de março de 2017.