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Aumenta a participação de jovens e idosos no mercado de trabalho

Publicado em 19/09/2012
Aumenta a participação de jovens e idosos no mercado de trabalho

O emprego entre os jovens com 16 e 17 anos cresceu 14,48%. Entre os trabalhadores com mais de 65 anos, o crescimento foi de 11%

No Brasil, o destaque é o mercado de trabalho. Mesmo com a economia em ritmo mais lento, dois milhões de vagas novas, com carteira assinada foram criadas no ano passado. E foi registrado crescimento do nível de emprego entre os jovens, os idosos e a mulher.

No ano passado, o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho formal foi maior do que o dos homens.

A desaceleração da economia freou o ritmo de novas contratações no país. No ano passado, foram abertas 2.242.276 vagas. O número total de pessoas empregadas subiu 5% em relação a 2010, chegou a 46.310.631. Apesar disso, houve uma queda de 21,6% em relação às novas vagas criadas em 2010.

De acordo com o Ministério do Trabalho, os setores que mais contrataram foram: serviços, comércio e construção civil. Um dado chama a atenção na pesquisa. Dois grupos se destacaram e tiveram crescimento bem maior na criação de vagas: os idosos e os jovens. O emprego entre os jovens com 16 e 17 anos cresceu 14,48%. Entre os trabalhadores com mais de 65 anos, o crescimento foi de 11%.

Aos 67 anos, Paulo Adriano já poderia estar aposentado, mas não quer nem saber de parar. “Trabalhando e fazendo aquilo que a gente gosta, a gente tem condições de se manter mais jovem”, conta o encarregado de manutenção.

Especialista em mercado de trabalho, Regina Madalozzo diz que a carência de qualificação entre os profissionais mais jovens é uma das explicações para a crescente contratação de idosos. “Ele teve uma formação e ele tem uma experiência de trabalho que nesses momentos são muito úteis. Então, a experiência desse trabalhador está sendo valorizada”, explica.

Outro dado importante é a participação das mulheres no mercado formal. A presença delas aumentou 5,93%, contra um crescimento de 4,49% para homens.

“Mais mulheres entraram no mercado de trabalho do que homens. E o rendimento da mulher também subiu. De forma muito pequena, mas subiu mais do que o rendimento do homem. É uma tendência, imagino que daqui a alguns anos a mulher pode ser que vá empatar ou possa até superar os homens”, afirma Rodolfo Torelly, diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho.

Independentemente do sexo ou da idade, a expectativa na indústria é de aceleração no ritmo de contratações até o fim do ano.

“Creio que nestes últimos meses, nós vamos observar uma recuperação. Isso vai se refletir também no mercado de trabalho. Mas nada tão significativo. Afinal de contas, o primeiro semestre foi ruim e isso tem dominado um pouco a avaliação dos empresários e a sua predisposição a contratar mais. Ano que vem, com certeza vai ser melhor”, diz Flavio Castello Branco, da CNI.

Outro dado interessante da pesquisa: aumentou o número de empregos para pessoas com necessidades especiais.

Fonte: G1

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