Alta de 8,4% nas vendas em 2012 corresponde às expectativas do comércio
Publicado em 20/02/2013
Alta de 8,4% nas vendas em 2012 corresponde às expectativas do comércio
Lojistas esperam que o resultado se repita em 2013, mas advertem que a inflação pode reduzir o poder de compra do consumidor brasileiro
O varejo brasileiro comemora o resultado das vendas no ano de 2012, divulgado nesta terça-feira (19/2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o crescimento de 8,4% responde às expectativas do setor varejista, tendo em vista a aplicação de uma política econômica de estímulo ao consumo ao longo de todo o ano de 2012.
Na avaliação da CNDL, dezembro foi um mês excelente para o comércio. “Se compado ao mesmo período de 2011, tivemos um crescimento de 5%", afirma o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior. Já a ligeira retração de 0,5% no volume de vendas em dezembro ante novembro do ano passado é vista como reflexo dos incentivos fiscais dados pelo Governo Federal, que beneficiam setores específicos da economia brasileira, mas não são capazes de aquecer o comércio como um todo.
Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a queda de 0,5% nas vendas em dezembro mostra que o brasileiro utilizou parte do décimo terceiro salário para comprar bens de alto valor contemplados com os benefícios fiscais dados pelo Governo Federal em detrimento de mercadorias de outros segmentos. “Os produtos concorrem entre si. É natural que o consumidor que comprometa o orçamento na compra de uma geladeira, por exemplo, deixe de consumir outras mercadorias”, explica o líder varejista.
Expectativas para 2013
De acordo com a CNDL, o segmento varejista deve apresentar novamente um crescimento satisfatório, repetindo o desempenho de 2012, em que houve um certo descolamento do setor lojista frente ao tímido resultado do PIB nacional.
Apesar do otimismo, Pellizzaro Junior faz uma advertência: “A expectativa é de uma retomada declinante da inflação no decorrer dos próximos meses. Caso contrário, o poder de compra dos consumidores poderá ser comprometido, o que deve impactar negativamente no volume de vendas do comércio brasileiro”.
Fonte: CNDL