56ª Convenção Nacional: Ricardo Amorim fala da transformação e dos desafios para o varejo
Publicado em 14/05/2022
56ª Convenção Nacional: Ricardo Amorim fala da transformação e dos desafios para o varejo
Apesar do risco da inflação aumentar ainda mais, o cenário brasileiro tem a possibilidade de melhorar
Considerado pela Forbes o economista mais influente do país, Ricardo Amorim conversou com os líderes lojistas sobre o cenário político econômico do Brasil e do mundo, na manhã de sexta-feira (13), durante o painel “O cenário econômico no Brasil e no mundo”. A palestra faz parte da programação da 56ª Convenção Nacional do Comércio Lojista (CNCL).
O especialista afirmou que o Brasil e o mundo estão passando pelas maiores transformações da história, que criam desafios e oportunidades para o setor produtivo. Mudanças que são vistas na tecnologia, sociedade, política, economia e até com relação ao comportamento do consumidor.
A guerra na Ucrânia, por exemplo, marca uma nova era na geopolítica mundial, destacou Ricardo Amorim. “Pode ser que a gente volte a ter novamente um mundo bipolar: um mundo que, por um lado, tenha um bloco ocidental, liderado pela Europa e Estados Unidos; e um outro oriental, liderado por Rússia e China”, indicou, acrescentando que a globalização ou o mundo unipolar tinha barateado os produtos e serviços. “Se isso acontecer, a gente perde a capacidade de maximizar as vantagens produtivas de cada lugar, e a inflação vai ficar mais alta”, disse Amorim.
Cenário nacional
Apesar do risco da inflação aumentar ainda mais, o cenário brasileiro tem a possibilidade de melhorar
O economista destrinchou a alta dos juros e do dólar e a inflação no Brasil e no mundo – consequência da injeção de recursos na economia e programas governamentais de incentivo, que aumentou a circulação de dinheiro e gerou mais demanda de consumo, e da queda da cadeia de produção, em função da pandemia, que impactou os insumos. “Os custos ainda vão subir mais do que as pessoas estão imaginando, e isso corroí o bolso do consumidor”, afirmou.
Apesar do risco de a inflação ainda aumentar mais, Amorim vê a possibilidade de o cenário econômico brasileiro melhorar. Com a guerra no oriente, o Brasil passa a exportar mais commodities que antes Rússia e Ucrânia também vendiam. Isso significa mais dólar entrando no mercado nacional. Além disso, a guerra e os juros tornam o país atrativo para os investidores, uma vez que a maior parte dos países emergentes – onde as taxas de juros são mais interessantes – estão ligados ou próximos territorialmente do conflito. Isso também pode significar mais dólar entrando no Brasil, diminuindo o valor da moeda americana frente ao real.
Internamente, a geração de emprego voltou a crescer, batendo recordes históricos. A abertura do comércio e o fim do estado de emergência por conta da covid-19 também deixa os consumidores e empreendedores mais confiantes. A busca do brasileiro por empreender, apesar dos desafios, é mais um sinal positivo para os negócios.
“Os dados também vão gerar oportunidades para o varejo, que em breve poderão ter um modelo de negócios parecido com o open banking”, prevê Ricardo Amorim.
Fotos: Douglass Fagundes e Fábio Machado | Divulgação CNDL.
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