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IMPRENSA | Clipping |

Clipping - 21/05/2018

CDL de Florianópolis

Fonte: Notícias do Dia


Fonte: Notícias do Dia

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Geral

Fonte: Notícias do Dia

Ostras de Santa Catarina passam pelos maiores testes de qualidade do Brasil

Moluscos passam por duas análises de laboratórios: dos produtores e dos selos de inspeção municipal, estadual ou federal. Estado corresponde a 95% da produção nacional

Santa Catarina é o único Estado brasileiro que faz rigorosas análises para atestar a qualidade dos moluscos cultivados em 27 pontos do litoral. Para criar as ostras e os mexilhões, os produtores precisam de um dos selos de inspeção municipal, estadual ou federal. De acordo com o diretor de pesca, maricultura e agricultura da Prefeitura de Florianópolis, Fábio Brognoli, as inspeções são exames de laboratórios que analisam a qualidade da água e, consequentemente, do molusco. A notícia de que os produtores catarinenses não poderiam comercializar os moluscos para outros Estados, em função do atraso em uma licitação da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), trouxe preocupação para alguns consumidores.

Durante a última semana, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) proibiu a emissão de selos de inspeção federal para a comercialização dos moluscos para outros Estados, de 11 a 18 de maio. O problema, segundo a Cidasc, foi que uma licitação para a contratação do laboratório deu deserta, quando não aparecem interessados.

No mesmo dia da proibição, o contrato com o laboratório já havia sido assinado e as amostras começaram a ser coletadas no dia 14. “O que aconteceu foi uma falta de comunicação entre a Cidasc e o Mapa, porque as ostras produzidas em Santa Catarina têm alta qualidade e as análises sempre confirmaram o nosso padrão de excelência. Cada produtor precisa contratar um laboratório próprio, que confronta as análises dos exames feitos pelo município e pelo Estado, que também responde pelo selo federal. Somos o único Estado a realizar as análises desta maneira”, afirmou Brognoli.

As análises de laboratório avaliam a presença de toxinas, também conhecida como maré vermelha, e microbiológicas. Santa Catarina é responsável por 95% da produção de ostras e mexilhões do Brasil. Com 604 maricultores espalhados ao longo de 12 municípios do litoral catarinense, o número de trabalhadores envolvidos diretamente na cadeia produtiva de moluscos é de 2.185 pessoas.

Proibição deixou consumidores preocupados

A notícia da proibição da comercialização de ostras catarinenses para outros Estados, por uma semana, reduziu o consumo do molusco no Freguesia Oyster Bar, em Santo Antônio de Lisboa. A empresária Carla Cabral da Costa, proprietária do restaurante, acredita que o número de pedidos caiu cerca de 40% na última semana. “Muitos clientes perguntaram sobre a proibição e a qualidade da ostra. Alguns consumidores estão desconfiados e preferiram pedir outros pratos, mas a ostra não sofreu proibição em função da sua qualidade. O problema foi a falta da análise para os produtores com o selo federal, que resultou um prejuízo para toda a cadeia produtiva”, esclareceu.

Carla comercializa 30 tipos de pratos com ostras. Tem opção para todos os bolsos. Com apenas R$ 10, o cliente pode se deliciar com um pastel do molusco. Para quem pode gastar um pouco mais, a sugestão é a sequência de ostras pelo preço de R$ 150, que reúne dez pratos para duas pessoas.

Em Sambaqui, no Restaurante Delícias do Mar, o cliente pode saborear uma dúzia de ostras ao bafo por R$ 22 e gratinada por R$ 40. Na opinião do comerciante Vladimir Campos Gomes, o consumo vem aumentando nos últimos anos. “Hoje, a cada dez pratos, cinco são de ostras. Por ser um alimento leve e saudável, cada vez ganha mais adeptos”, comentou.

Família Stadler está dividida entre gratinada, ao bafo ou “in natura”

O empresário do ramo de turismo Kid Stadler realizou o desejo da mulher Kita ontem. Ao lado do filho Guilherme, a família saboreou o molusco mais cobiçado do Brasil no restaurante Freguesia Oyster Bar. Para agradar o desejo de diferentes paladares, a solução foi pedir uma sequência de ostras.

Enquanto Kita prefere a ostra “in natura”, o empresário gosta ao bafo e o filho gratinada. “Experimentamos ostra pela primeira vez há 18 anos, quando havia aquela brincadeira de ela ser afrodisíaca. Desde então, aprendi a gostar da ostra e sempre que posso tento incluí-la no meu cardápio. Além disso, é rica em nutrientes”, afirmou Kita.


Fonte: Notícias do Dia

Novo centro cirúrgico do Cepon é inaugurado nesta terça-feira, em Florianópolis

Centro Cirúrgico de Alta Complexidade do Cepon será inaugurado pelo governador Eduardo Pinho Moreira na próxima terça-feira, às 10h, e deve reduzir o tempo de espera pelo tratamento

Com a finalização das obras e a chegada dos equipamentos hospitalares, o Centro Cirúrgico de Alta Complexidade do Cepon (Centro de Pesquisas Oncológicas) será inaugurado pelo governador Eduardo Pinho Moreira na próxima terça-feira (22), às 10h, em Florianópolis. O investimento estadual foi de R$ 14,2 milhões, com recursos do programa Pacto por Santa Catarina. O Cepon é a principal unidade em tratamento de câncer no Estado.

"O Cepon que já presta um serviço de excelência para a população agora fica completo. É uma satisfação muito grande poder entregar aos pacientes, que passam por um momento extremamente delicado, um serviço que trará mais alento e efetividade no tratamento do câncer", ressaltou o governador Eduardo Pinho Moreira.

Para a diretora Maria Tereza Schoeller, à frente do Cepon nos últimos cinco anos, o novo centro cirúrgico representa o fechamento de um ciclo, já que agora será possível oferecer o que ela chama de um atendimento global, desde o diagnóstico, passando pelas terapias sistêmicas até os procedimentos cirúrgicos mais complicados.

“São cirurgias grandes, com abertura de cavidades, que podem levar de quatro a seis horas. O mais importante é que agora vamos ter a retaguarda dos 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), que permitirão a esses pacientes se recuperarem mais rapidamente e começarem o tratamento auxiliar da forma mais acelerada possível”, diz a diretora.

Mais de 40% dos casos precisam de cirurgia

O Cepon já conta com ambulatório geral, onde são feitos consultas e exames, e ambulatório de intercorrência oncológica, um local para atendimento de pacientes com complicações em função do câncer. Também há um centro para realização de cirurgias de baixa e média complexidade. Com a inauguração da nova ala, o crescimento da estrutura será substancial: serão mais 10 leitos de UTI, cinco leitos de recuperação pós-anestésica, 18 leitos de internação pós-operatória e uma CME (Central de Materiais Esterilizados).

“A cirurgia é um braço fundamental no tratamento do câncer, aplicada em mais de 40% dos casos. O novo centro vai não apenas aumentar o tempo de vida dos pacientes, mas também melhorar a qualidade, permitindo que essa cirurgia seja feita no tempo ideal”, conta Maria Tereza.

Mais funcionários e manutenção da estrutura

O número de funcionários saltará dos atuais 580 para 684, o que significa 104 novos postos de trabalho. A área construída também vai aumentar em 1,5 mil metros quadrados, passando para um total útil de 13,7 mil metros quadrados. A manutenção dessa estrutura será possível por conta de um aditivo no contrato do Governo do Estado com a Fahece (Fundação de Apoio ao Hemosc e Cepon), que administra a unidade. Hoje, são repassados R$ 6 milhões todos os meses, valor que passará para R$ 7,5 milhões a partir de junho.

A primeira cirurgia da ala de alta complexidade está marcada para ocorrer no dia 18 de junho. Antes, no dia 4, começam os treinamentos dos 104 funcionários. No começo, serão realizados 120 procedimentos ao mês nessa nova estrutura, mas a expectativa é que esse número cresça gradativamente e chegue a 200 por mês até o fim do ano. Isso significa mais do que dobrar a capacidade do Cepon, já que hoje são realizadas, em média, 150 operações ao mês.

Na opinião da diretora Maria Tereza Schoeller, o centro cirúrgico possibilitará, no médio prazo, zerar a lista de espera do Cepon para cirurgias, considerado até então um gargalo no atendimento.

Melhoria no serviço prestado em outras unidades

O secretário de Estado da Saúde, Acélio Casagrande, conta que a inauguração é um sonho de muitos anos e possibilitará uma melhoria no serviço prestado também em outras unidades públicas, especialmente da Grande Florianópolis, já que hoje elas realizam os procedimentos de alta complexidade. Entre as unidades que terão menos demanda, destacam-se o Hospital Celso Ramos, o Hospital Regional de São José, o Hospital Universitário e a Maternidade Carmela Dutra.

“Esses locais passam a ter uma folga para atender outras demandas. A partir disso, será possível ter uma maior organização do fluxo, tanto no Cepon quanto do resto da rede. Vale destacar também que nós vamos ampliar a proposta da regionalização, pois os pacientes continuarão a receber atendimento oncológico em cidades como Chapecó, Rio do Sul e São Bento do Sul”, destaca.

Casagrande também faz questão de salientar que o Cepon já realiza um serviço de excelência, com 10 mil atendimentos mensais. Ele também lembra que o centro foi considerado pelo Tribunal de Contas do Estado, no fim de 2017, como a unidade da rede pública estadual com a melhor gestão.

Pacientes demonstram otimismo

Principais beneficiados com a conclusão da nova ala, os pacientes também demonstram otimismo que a construção ajudará a salvar vidas. É o caso do pescador Lucenir Alvim Marques, 54 anos, que luta contra um tumor ulcerado no intestino. Ele descobriu a doença em 2017, depois de começar a sentir fortes dores no reto quando estava trabalhando embarcado, no meio do oceano.

Após o diagnóstico, ele passou por uma cirurgia no Hospital Regional de São José, porém não foi possível retirar todo o tumor. Na última sexta-feira, 18, ele foi ao Cepon para realizar tratamento quimioterápico. Ainda precisa de uma nova cirurgia, que já deve ser realizada no centro de alta complexidade.

“Esse centro cirúrgico, para nós que precisamos, vai ser muito útil. Muito bom mesmo. Quanto mais hospitais, melhor”, diz o pescador, natural de Governador Celso Ramos.

A dona de casa Marilene Oliveira Nunes, 59, teve um câncer de mama e realizou a operação, de média complexidade, no próprio Cepon em 2016. Agora, ela conta com o acompanhamento da equipe médica da unidade para saber se poderá operar também o coração, já que está com duas válvulas obstruídas.

Ela destaca a excelência no atendimento sempre que precisou se deslocar ao Cepon e acredita numa maior agilidade com a inauguração da nova ala. No caso dela, a espera foi de pouco mais de um mês. Além do tratamento adequado, Marilene diz que o paciente com câncer não deve jamais se entregar para a doença. “Ter câncer é complicado. Temos que entregar na mão de Deus. Mas, se já era bom, agora o atendimento aqui vai melhorar ainda mais, principalmente para quem está esperando”, opina a dona de casa.

Desgaste menor no tratamento

No Cepon há sete anos, o médico equatoriano Diego Alvarez Naranjo é especialista em cirurgias de cabeça e pescoço. Trata principalmente de casos de câncer de tireoide, cujo principal desencadeante é a radiação. Normalmente, as suas operações ocorrem no Hospital Celso Ramos. Agora, ele conta os dias para poder trabalhar em tempo integral dentro do Cepon.

“Por ser um hospital de grande porte, no Celso Ramos a resolução dos casos é um pouco mais devagar. Esse é um Centro muito esperado, que vai nos dar a facilidade de trabalhar em um só lugar, com um percentual de resolução de casos muito melhor. Agora vamos conseguir fazer o que a literatura mundial diz a respeito das cirurgias”, conta Naranjo.

Assim como a diretora do Cepon, o médico também destaca que a centralização completa dos serviços na unidade do bairro Itacorubi fará com que haja um desgaste menor por parte dos pacientes. “Às vezes tínhamos que optar por tratamentos alternativos, como quimio e radioterapia, quando não tinha a opção de fazer grandes cirurgias”.

Trabalho voluntário

Sonia Maria Silveira Mastella tem 74 anos, mas a disposição é de uma adolescente. Quase todos os dias, ela se desloca a uma edificação em frente ao complexo do Cepon. É ali que fica a sede da Avoc (Associação dos Voluntários do Cepon), da qual Sonia é a tesoureira. Mas o trabalho dela vai muito além da mera captação de recursos para ajuda aos pacientes. A principal atribuição de um voluntário é a ajuda física e espiritual aos enfermos.

“Fazemos visitas nas salas de espera e terapia, acompanhamos os pacientes internados e damos uma palavra de apoio quando se faz necessário. Às vezes o paciente precisa de xampu, creme dental e nós oferecemos também um serviço social”, explica.

Nas últimas semanas, ela conta que tem um visto uma animação maior por conta da proximidade da inauguração do novo centro cirúrgico. A esperança é um alento para quem aguarda nas listas de espera:

“Câncer é uma doença que tem urgência, não espera. Quanto mais rápido você cuidar e tratar, são dias de vida que o paciente ganha. Essa ala cirúrgica vai ajudar muito”.


Fonte: Diário Catarinense

Caminhoneiros autônomos começam paralisação nas rodovias de Santa Catarina

Caminhoneiros autônomos começam paralisação nas rodovias de Santa Catarina Cristiano Estrela/DC
Os motoristas estão parando os caminhões na SC-437, embaixo de um viaduto por onde passa o fluxo da BR-101

A semana começou com paralisação de caminhoneiros autônomos em Imbituba, no Sul de Santa Catarina. Os motoristas estão parando os caminhões na SC-437 em frente às Malhas Ferju, embaixo de um viaduto por onde passa o fluxo da BR-101. Os manifestantes ainda colocaram fogo em pneus nos dois lados da rodovia, de forma que a fumaça chegava até a BR-101. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a paralisação ainda não causa impacto nas rodovias federais e a fumaça em Imbituba não altera a velocidade na rodovia.

O movimento foi convocado pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros deve ter adesão pontual em Santa Catarina, principalmente na região do Litoral Norte, em Itajaí e Navegantes; na Serra, em Lages; no Oeste, em Xanxerê e em Maravilha; e, possivelmente, também no Norte do Estado, em São Francisco do Sul. A mobilização nacional é motivada pelos seguidos aumentos no preço do diesel e quer pressionar o governo federal a atender uma série de reivindicações da categoria.

Por se tratar de uma paralisação de autônomos — trabalhadores que têm seus próprios veículos e prestam serviços sem a intermediação de transportadoras — as adesões são pulverizadas e sem liderança formal. Em Navegantes, por exemplo, o Sindicato de Transportadores Autônomos de Cargas de Navegantes (Sinditac) emitiu uma nota sobre a paralisação, cujo ponto de encontro será no pátio posto Santa Teresa, no Km 11 da BR-470.

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Os manifestantes ainda colocaram fogo em pneus nos dois lados da rodovia, de forma que a fumaça chegava até a BR-101

Já em Maravilha, no Oeste, Mauricio Vendrame, diretor da Cooperativa Catarinense de Transporte de Cargas (Coocatrans), afirma que os 500 caminhões da empresa, que transportam grãos para seis estados, não vão pegar a estrada nesta segunda. Segundo ele, 50% dos custos do frete vêm do diesel, que passou de R$3 para 3,59 o litro no intervalo de 30 dias na cidade.

— É uma necessidade parar. Não temos como absorver mais aumentos e não temos como aumentar nossa margem de ganho, já que todos os produtores também estão enfrentando dificuldades. A nossa única alternativa, então, é pressionar pela redução do custo do combustível —justifica.

Com base em São Miguel do Oeste, o caminhoneiro Junior Bonora participou das paralisações em 2015 e acredita que o momento é favorável para a mobilização, mas que seria necessária a adesão de outros setores da sociedade para haver resultados.

— O valor do frete impacta no preço de tudo que a população consome, mas se o caminhoneiro para a estrada, acaba sofrendo as consequências sozinho — lamenta.

A mobilização nacional dos caminhoneiros pede a redução da carga tributária sobre o diesel. O setor reivindica que a alíquota de PIS/Pasep e Cofins seja 'zerada' e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. Segundo eles, a carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.

O aumento é resultado da nova política de preços da Petrobrás, que repassa para os combustíveis a variação da cotação do petróleo no mercado internacional, para cima ou para baixo. Nos últimos meses, porém, o petróleo tem apresentado forte alta - na semana passada, chegou a bater na casa dos US$ 80 o barril, valor que não registrava desde novembro de 2014.

Postos

A reivindicação dos caminhoneiros é apoiada pelos donos de postos de combustíveis, que dizem estar perdendo margens com os aumentos de preços. Segundo o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares, o setor vai sugerir ao governo a redução dos impostos sobre os combustíveis e também que a Petrobrás faça o reajuste em intervalos maiores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Diário Catarinense

Pescadores catarinenses temem demissões após embargo da União Europeia

O risco de demissões passou a rondar o setor pesqueiro desde que a diretoria de saúde e segurança alimentar da União Europeia anunciou embargo do pescado capturado no Brasil, na última quarta-feira. Somente em Santa Catarina são 10 mil trabalhadores envolvidos na cadeia de exportação, e embora nem todos estejam diretamente ligados ao mercado europeu, a tendência é que o embargo faça baixar o preço do pescado _ o que trará prejuízos a todo o setor produtivo.

Vai afetar preço e procura, por isso a preocupação é grande. Nossa esperança está na busca por novos mercados _ diz Henrique Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca em Santa Catarina (Sitrapesca).

Para a tainha, que está em pena safra, a primeira alternativa é o Japão. Os exportadores de ovas trabalham com a possibilidade de abrir espaço no país asiático, já sabendo que se trata de um perfil diferente do europeu. Países da Europa, em especial a Itália, aceitam ovas furadas ou avermelhadas, que são rejeitadas em outras partes do mundo. Esse será o principal fator a empurrar para baixo o preço da tainha.

O período de capturas da pesca industrial ainda nem começou, e o preço já é menor do que no ano passado, quando a indústria pagou R$ 6 por tainha. A previsão é que, este ano, o valor de compra não passe de R$ 4.

O impacto negativo já atinge outras modalidades de pesca. Como a do peixe-sapo, consumido na Europa sob o nome de tamboril, que não tem espaço no mercado brasileiro. Esta semana o armador Manoel Cordeiro demitiu três dos 16 funcionários que trabalham em seu barco. Sem a Europa, o mercado que resta é a Coreia do Sul, que paga um preço 30% menor. O peixe-sapo é vendido por R$ 7 o quilo para os coreanos.

Só no ano passado, Cordeiro vendeu quase 400 toneladas de peixe-sapo para os países europeus.

“Tiro no pé”

As exportações para a União Europeia já estão suspensas desde janeiro, por decisão do Ministério da Agricultura. Os europeus apresentaram uma auditoria, no fim do ano passado, em que afirmam que algumas exigências não vinham sendo cumpridas, entre elas o controle de barcos e de locais onde o peixe é descarregado.

Entende-se que a decisão da Europa pelo embargo, agora, não tem reflexo prático. Mas pode tornar mais difícil a retomada do envio de pescado para os países europeus.

A advogada Carla Junqueira, responsável pela área de Comércio Internacional do escritório Mattos Engelberg, em São Paulo, que atua em situações como a que é vivida pela pesca, diz que é possível aos armadores recorrer ao Órgão de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC), desde que tenham apoio do governo brasileiro através do Ministério das Relações Exteriores e consigam comprovar se há ilegalidade no embargo.

_ No aspecto comercial, é sabido que todos os países usam medidas fitossanitárias ou técnicas para segurar as exportações. Mas até que ponto essa auditoria nas embarcações (feita no ano passado) foi usada como instrumento de proteção da indústria da pesca europeia? É algo que tem que ser analisado com muita calma _ afirma a advogada.

O principal entrave, no caso da pesca, é o fato do próprio governo brasileiro ter suspendido as exportações em janeiro.

_ Certamente agrava, porque demonstra que a nossa própria fiscalização sanitária não aprova as embarcações. Sabemos que a ideia do Ministério da Agricultura era ganhar tempo, mas pode ter sido um tiro no pé _ afirma a especialista.


Fonte: Diário Catarinense

Monitor do PIB aponta alta de 0,3% no 1º trimestre ante 4º tri de 2017, diz FGV

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 0,3% no primeiro trimestre ante os três últimos meses de 2017, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB. Em relação ao primeiro trimestre de 2017, a alta foi de 0,9%. Isoladamente em março, o PIB teve desempenho negativo, com queda de 0,5% em relação a fevereiro e recuo de 0,4% ante março de 2017.

O Monitor do PIB da FGV antecipa a tendência do principal indicador da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Para a FGV, o desempenho da economia teve resultados divergentes no primeiro trimestre. "Enquanto a economia apresentou crescimento de 0,3%, na taxa trimestral ajustada sazonalmente, com tendência de alta, a taxa trimestral interanual da atividade econômica cresceu 0,9% com trajetória de queda", diz a nota divulgada há pouco pela entidade.

A FGV destacou que o crescimento reduziu de ritmo. "A economia continua apresentando crescimento no primeiro trimestre de 2018, invertendo a trajetória declinante observada até o quarto trimestre de 2017, de acordo com a série com ajuste sazonal. Por sua vez, na comparação interanual, o crescimento do primeiro trimestre é menor do que o crescimento dos trimestres anteriores", diz a nota.

Nas comparações do primeiro trimestre de 2018 com igual período do ano passado, o destaque positivo foi o crescimento das atividades da indústria de transformação (4,6%) e do comércio (4,8%). No sentido oposto, a atividade agropecuária retraiu 5,2% após ter apresentado taxas de crescimento altas durante o ano de 2017.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias apresentou crescimento de 1,5% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre de 2017. A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 3,7% na mesma base de comparação. "Mesmo com o alto crescimento do componente de máquinas e equipamentos (15,3%), a FBCF voltou a ter trajetória descendente devido, principalmente, ao componente de construção que retraiu 2,4%", diz a nota da FGV. A entidade estimou que a taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, foi de 17,7% no primeiro trimestre de 2018.

No setor externo, a exportação apresentou retração de 4,4% no primeiro trimestre, na comparação interanual, enquanto a importação retraiu 0,4% no primeiro trimestre. "O componente de extrativa mineral é o principal responsável pela retração da importação (-19,4%), impulsionado pela queda da importação de petróleo e derivados", diz a nota da FGV.

Em termos monetários, o PIB em valores correntes alcançou R$ 1,674 trilhão no primeiro trimestre.


Fonte: SPC Brasil

41% dos poupadores sacaram parte de suas reservas em março, revela indicador do SPC Brasil e CNDL

Falta de conhecimento sobre outras formas de investir é principal razão para quem deixa dinheiro guardado na poupança, conta corrente ou na própria casa. Apenas 20% dos brasileiros conseguiram poupar em março. Quantia foi de R$ 491, em média

O Indicador de Reserva Financeira apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que parte dos consumidores está tendo que recorrer às suas reservas financeiras para lidar com imprevistos, entre outras situações. Em cada dez poupadores, quatro (41%) sacaram ao menos parte dos recursos que possuem guardados no último mês de março.

A maior parte recorreu a esse dinheiro para lidar com alguma situação emergencial, citada por 12% das pessoas ouvidas. Outros 9% utilizaram parte da reserva porque os rendimentos que possuem não foram suficientes para cobrir as despesas e demais compromissos. Os que fizeram saques para adquirir algum bem também somam 9% da amostra.

“A grande vantagem de ser um poupador é poder contar com uma reserva para situações inesperadas. Isso traz mais segurança e previsibilidade no dia a dia do consumidor, que não precisará recorrer a empréstimos para superar um momento de dificuldade financeira”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

73% dos brasileiros não puderam guardar dinheiro em março; baixa renda e imprevisto são principais motivos

De modo geral, o indicador revela que mesmo com a tímida melhora recente do cenário econômico, o hábito de poupar continua pouco frequente entre os consumidores brasileiros, o que indica que a crise econômica não é o principal motivo desse comportamento. No último mês de março, apenas 20% dos brasileiros conseguiram concluir com sobras no orçamento para investir. E a quantia média foi de R$ 491,06. Os que não guardarem nenhum centavo de seus rendimentos formam 73% dos entrevistados, dado ligeiramente maior que o observado em março do ano passado, quando estava em 76%.

Questionados sobre o hábito de poupar, e não somente sobre a poupança no último mês, quase um terço dos consumidores sondados (32%) disse possuir esse costume, sendo que 10% estipulam um valor fixo a ser poupado e 22% guardam apenas o que sobra do orçamento. Os que não possuem o hábito de poupar formam 60% dos consumidores.

Entre aqueles que não pouparam em março, a baixa renda é a razão mais mencionada, com 44% de citações. Isso faz com que a taxa de poupadores das classes C, D e E seja ainda menor do que a média total, de apenas 15% dos entrevistados (contra 37% dos brasileiros de mais alta renda).

Outras razões também dadas como justificativas para não pouparem são os imprevistos (19%), não possuírem renda no momento (14%) e o descontrole financeiro (9%). “O fato de tantas pessoas citarem imprevistos por não conseguirem encerrar o mês com dinheiro sobrando no salário apenas reforça a ideia de que é preciso contar com um dinheiro aplicado, já que acontecimentos de emergência podem acontecer e, nem sempre, é possível cobri-los apenas com a renda. Outra situação preocupante é que as pessoas deixam de poupar porque não são controladas o suficiente no manejo do dinheiro. A disciplina é fundamental para formarmos cidadãos equilibrados financeiramente”, alerta o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.

52% dos poupadores mantém reserva para situações de emergência e seis em cada dez recorrem à caderneta de poupança

Entre aqueles que costumam poupar, novamente o imprevisto é a razão mais citada para se ter esse tipo de precaução. Mais da metade (51%) dos entrevistados citaram essa opção ao serem questionados. Quase um terço (32%) guardam dinheiro para garantir um futuro melhor a família, enquanto 27% querem estar preparados para uma situação de desemprego e 19% almejam realizar alguma viagem.

O levantamento demonstra que os brasileiros que guardam dinheiro, contudo, precisam melhorar quando o assunto é onde eles aplicam esse dinheiro que sobra no orçamento. A caderneta de poupança continua como o principal destino das reservas financeiras dos consumidores, com 63% de citações. Em seguida aparecem aqueles que guardam o dinheiro em casa (25%) ou na conta corrente (21%), alternativas arriscadas do ponto de vista da segurança ou que deixam de gerar rendimento a partir de juros.

As modalidades mais sofisticadas e que podem proporcionar melhores retornos foram citadas por uma pequena parcela desses consumidores. Os fundos de investimento, por exemplo, foram citados por 11% e a previdência privada, por 7%. Em seguida, apareceram o Tesouro Direto (4%), os CDBs (4%) as LCIs e LCAs (2%) e o Dólar (2%). Para os poupadores que fazem as opções mais conservadoras de manter em casa, na conta corrente ou mesmo na poupança, a principal razão foi a preferência por ter o dinheiro a disposição em um lugar fácil de retirar (29%), além da falta de conhecimento para fazer outros tipos de investimentos (28%).

“É preciso aprimorar os hábitos dos poupadores para que eles busquem alternativas mais rentáveis, pois aplicar o dinheiro com inteligência é fundamental para atingir objetivos financeiros no futuro. Para cada tipo de meta, existem diferentes aplicações. Se a preocupação do consumido for a liquidez, ou seja, poder sacar a qualquer momento, o dinheiro pode ser depositado em uma conta poupança. O Tesouro Direto Selic, por exemplo, também pode ser uma alternativa mais rentável para o curto prazo. Mas quando se fala no médio e longo prazo, a diversificação é essencial. Deixar uma reserva parada na conta corrente ou em casa não é uma atitude saudável”, afirma Vignoli.


Fonte: Folha de S.Paulo

PMs saem ilesos em apenas 8% dos ataques de criminosos em SP

Mesmo armado, policial dificilmente não é ferido ou morto, mostra levantamento

O soldado José Luís Alves, 43, entrava em um banco quando desconfiou de um homem que chegava apressado. Levou a mão à arma na cintura e ameaçou sacá-la, mas desistiu assim que percebeu o suspeito vestido de gari. Repreendeu-se intimamente por desconfiar de tudo (e de todos) e logo baixou a guarda.

O tiro de revólver atingiu o lado esquerdo de seu rosto, pouco abaixo do olho, jogando-o ao solo. Olhando para seu próprio sangue escorrendo pelo concreto, notou o criminoso vestido de gari atirar mais uma vez na direção de sua nuca. Teve ali a certeza de sua morte e só lamentou a má sorte.

“Que lugar ruim para morrer. Uma segunda-feira, na porta de um banco e vindo pagar conta”, pensou o policial, conforme se lembraria dez anos depois do ataque sofrido em 26 de maio de 2008.

Por uma sorte difícil de explicar, José Luís não morreu, ganhou o apelido de “vaso ruim” e entrou para uma triste estatística de policiais militares atacados em São Paulo que, mesmo armados e treinados, acabam levando a pior em situações semelhantes.

Levantamento inédito feito pela Folha com base em relatórios sigilosos da PM de São Paulo mostra que, de cada dez ataques a policiais, em nove eles acabam feridos ou mortos. A maioria em roubos, envolvendo soldados.

Os dados mostram ainda que em cerca de 23% dos crimes, além de atacar o policial, os bandidos ainda levam a arma dele. E há episódios em que o PM é morto com a própria pistola, aquela que carregava para se proteger —isso ocorreu em 4% dos casos.

Esses números são resultado de análise feita pela Folha em 491 relatórios de PMs vítimas, documentos elaborados de 2006 a 2013 por equipes da Corregedoria da PM especializadas em investigar ataques desse tipo no estado.

Segundo os dados, desses 491 policiais com registro de violência, 218 foram mortos e 233 ficaram feridos —sendo ao menos 81 deles atingidos na cabeça por tiro ou paulada. No total, só 40 saíram ilesos, o equivalente a 8% do total.

Os documentos descrevem as circunstâncias em que os crimes se deram, as primeiras informações sobre o estado de saúde do policial militar e o destino do criminoso.

Essas apurações são abertas quando o PM é atacado e figura na condição de vítima, como em casos de roubos ou assassinatos, além de tentativas desses dois crimes.

Não entraria nessa lista, portanto, o recente caso da PM que baleou e matou um criminoso na porta da escola da filha, em Suzano, na Grande São Paulo, já que ela não era o alvo do crime e interveio ali de surpresa como policial.

Se a policial militar de Suzano não entrará nessa estatística, será diferente com um colega de farda dela cuja ação também foi filmada por câmeras um dia depois, em Guarujá, no litoral de São Paulo.

No domingo (13), ele matou um ladrão que, durante um assalto, passou a persegui-lo dentro de uma drogaria. O PM, nesse caso, era um alvo.

A cabo da PM que reagiu em Suzano, ao lado da filha e de outras crianças e famílias que participariam de evento do Dia das Mães, foi homenageada pelo governador de São Paulo, Márcio França (PSB).

O ato contrariou a estratégia da polícia de evitar a exaltação de ocorrências com mortes —especialistas temem que isso passe mensagem à tropa de incentivo à letalidade policial.

Parte dos relatórios da Corregedoria da PM analisados pela Folha foi redigida pelo sargento Maurício dos Santos, 49. Ele se aposentou no ano passado, após 28 anos de corporação, sendo 26 deles no setor de PMs vítimas, e participou de centenas de apurações de policiais atacados —inclusive de um colega que trabalhava nessa mesma equipe.

Maurício afirma que os resultados do levantamento refletem aquilo que ele presenciou ao longo dos anos. Por isso, ele passou a defender o desarmamento de policiais nos horários de folga. Para ele, essa medida reduziria a quantidade de mortes especialmente nos roubos. Nesses casos, o bandido geralmente já chega com arma em punho, não dá chance de o policial reagir e atira assim que encontra o armamento.

“Se for pego com a arma, vai morrer. O crime não perdoa”, afirma Maurício. Nessas quase três décadas, ele diz não se lembrar de nenhum caso de alguém que tenha sido poupado pelos criminosos após ser identificado como PM.

O coronel Marcelino Fernandes, comandante da corregedoria, onde trabalha há 24 anos, conta se recordar de apenas dois casos de policiais poupados por criminosos. Isso, porém, há muitos anos.

O cenário se agravou, para ele, depois do crescimento do crime organizado e a glamorização disso na sociedade. “Eles [bandidos] crescem na organização criminosa. Hoje, não escondem nem os sinais [atribuídos a quem mata policiais]. Querem [tatuagens de] palhaços desenhados, carpas, para mostrar aquilo que são no crime: matador de policial.”

Além da mudança do perfil dos criminosos, o oficial aponta a legislação brasileira como agravante do problema ao permitir, por exemplo, saídas temporárias da prisão de detentos sem condições de voltar às ruas. “O sangue desses PMs não está somente nas mãos dos criminosos, mas também nas mãos de muitos congressistas”, afirma Marcelino.

Entre os 218 mortos no levantamento feito pela Folha está o soldado Osmar Santos Ferreira, 31, assassinado a tiros em 22 junho de 2012. Um dos suspeitos de participar do crime era um rapaz de 23 anos foragido depois de conseguir autorização para passar o Dias dos Pais fora da prisão. Ele cumpria pena por roubo, tráfico de drogas e formação de quadrilha.

Ferreira morreu numa sexta-feira, véspera do aniversário do filho Gustavo, que completava cinco anos e tinha a festinha preparada. “É uma dor muito grande perder um filho assim”, diz Gedalva Maria dos Santos, 66, mãe do PM. “Eu sinto muita dó quando vejo, pela TV, outros pais e outras mães passando pelo que eu passei. É como se eu morresse todos os dias mais um pouquinho”, afirma.

O coronel Marcelino diz ainda que, para tentar reduzir o número de policiais mortos ou feridos, a PM realiza um trabalho de conscientização. Um dos motes é sugerir ao PM que ele seja o mais discreto possível no horário de folga (quando acontece a maioria dos ataques) —desde o uso de redes sociais até o modelo de moto adquirida. Em 20% dos ataques, o policial estava em moto.

Motos com menos cilindradas não atraem muito interesse de criminosos. “Precisa evitar principalmente a abordagem surpresa em que ele pode ser vítima”, afirma Marcelino.


Fonte: Folha de S.Paulo

Regra dos 4% diz quanto se deve poupar para aposentar

No Brasil, modelo é bom para investidor agressivo, já que aposta em ações

Com a recente queda das taxas de juros, aqueles que estão próximos de se aposentar ou estão planejando a aposentadoria provavelmente se questionam sobre as seguintes três dúvidas: quanto preciso possuir para me aposentar, quanto posso retirar por ano com essa soma, e se será suficiente por todo o prazo de minha aposentadoria.

A convergência da taxa básica de juros brasileira para níveis mais próximos dos internacionais traz à discussão uma regra usualmente aceita no exterior sobre a taxa de retirada segura de recursos na aposentadoria, a regra dos 4%, proposta por William Bengen e publicada em 1994 no Journal of Financial Planning.

Curiosamente as premissas de Bengen, na época de sua publicação, são próximas da realidade de taxas de retorno esperadas para o Brasil no atual momento. Seu estudo considerou como retorno esperado anual para renda fixa, bolsa e inflação, respectivamente as taxas de 5,2%, 10,3% e 3% ao ano. Atualmente, as taxas esperadas brasileiras para os mesmos ativos podem ser consideradas cerca de 1% maiores, ou seja, 6,4%, 11,3% e 4% ao ano.

Bengen verificou que para um indivíduo com 65 anos e com horizonte de retiradas na aposentadoria de 30 anos, a taxa de retirada para que o portfólio seja suficiente seria de 4% no primeiro ano da aposentadoria e esse valor ser corrigido pela inflação. Por exemplo, se tem R$300 mil aos 65 anos, poderia retirar R$12 mil (4% de R$ 300 mil) no primeiro ano e esse valor de retirada subir com a inflação nos 30 anos seguintes.

A simulação para chegar a regra do 4% foi realizada no intervalo de 1942 a 1992 e o portfólio considerou uma distribuição igual entre ações e renda fixa. Sempre que houvesse uma retirada, o portfólio deveria ser rebalanceado.

Considerando essa distribuição de 50% em cada uma dessas de classes de ativos e os respectivos retornos, o portfólio era esperado render 8,2% ao ano, ou seja, 5,2% acima da inflação. Veja que esse retorno significa 128% do CDI atual e o retorno acima da inflação é similar ao alcançado com os títulos públicos brasileiros de longo prazo.

Seguindo essa regra dos 4%, se você deseja se aposentar com segurança aos 65 anos com uma renda de R$5 mil por mês, deveria ter um patrimônio de R$1,5 milhões. Com esse valor, poderia retirar R$60 mil (4% de R$ 1,5 milhão) no primeiro ano, pois por mês teria a retirada desejada.

No ano seguinte, o valor de resgate seria R$60 mil corrigido pela inflação e assim por diante nos anos seguintes. Respeitando essa regra, Bengen está confortável que no pior caso, seu portfólio seria suficiente para sua aposentadoria até os 95 anos. Adicionalmente, na maioria dos cenários, seria possível deixar o portfólio original como herança.

Apesar de ser uma regra internacionalmente aplicada e simples para sanar as dúvidas iniciais, deve-se atentar para as características de cada investidor. Os riscos de investimento em bolsa no Brasil são significativamente maiores, então manter 50% em ações é considerado agressivo para quem se aposenta.

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