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Clipping - 22/01/2018

Geral

Fonte: Notícias do Dia

Prefeitura de Florianópolis apresenta processo eleitoral do Conselho da Cidade

Evento realizado no auditório do IFSC tirou dúvidas e apresentou critérios para entidades se candidatarem a uma vaga ou votarem.

A Prefeitura de Florianópolis realizou na manhã deste sábado (20) a apresentação do processo eleitoral para escolha das 40 cadeiras que vão formar o Conselho da Cidade. O evento foi realizado no auditório do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina). Cerca de 40 pessoas, entre técnicos do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) e representante das sociedade civil organizada participaram do encontro.

O Conselho da Cidade terá 40 assentos, divididos em três categorias que vai reunir entidades da sociedade civil organizada de abrangência difusa (12 representantes), entidades vinculadas a regiões da cidade (12 representantes) e órgãos públicos (16 representações).

Para se candidatar a uma cadeira no Conselho, as entidades da sociedade civil ou de classe terão que ter no mínimo 24 meses de fundação, CNPJ e comprovar atuação social no município. Só poderão concorrer ou votar entidades inscritas e homologadas pelo município.

As inscrições deverão ser feitas até o dia 9 de fevereiro, no Ipuf, e a eleição está marcada para ocorrer entre 5 e 17 de março.

Segundo o presidente do Ipuf, Ildo Rosa, a formação do Conselho é uma exigência legal da lei 482/2014, que institui o Plano Diretor, e funcionará como mecanismo consultivo para todos os assuntos relacionados ao desenvolvimento urbano da cidade.

Entre os presentes, as maiores preocupações foram relacionadas à documentação e exigência de CNPJ. O critério poderá deixar de fora do conselho entidades históricas da cidade, como os Fóruns do Maciço do Morro da Cruz e da Bacia do Itacorubi, por exemplo. Além disse, muitas entidades possuem pendências documentais e dívidas que não poderiam ser resolvidas até o próximo dia 9, quando encerram as inscrições.

Michel Mittmann, diretor do Ipuf, informou que muitas das sugestões e observações apresentadas são pertinentes, mas que não há previsões de alteração do edital. “A nossa proposta não é alterar o edital, mas podemos publicar esclarecimentos para tirar dúvidas. No caso dos Fóruns da cidade, por exemplo, o próprio Conselho depois de constituído pode discutir isso. Eles também poderão ser nomeados como entidades ouvintes, o que já é previsto no Conselho”, informou.


Fonte: Notícias do Dia

Prefeitura de Florianópolis diz que ação para abrir foz do rio do Brás não foi autorizada

Município alega que enchentes no Papaquara não foram causadas pela cheia do rio; a desobstrução pode comprometer a balneabilidade da praia de Canasvieiras

Sofrendo ainda com alagamentos e o nível da água que demora a baixar na comunidade do Papaquara, na Vargem Grande, Norte da Ilha, moradores decidiram desobstruir a foz do rio do Brás, permitindo que voltasse a desaguar na praia de Canasvieiras. A barreira que havia no local foi feita pela prefeitura na semana passada, após a chuva intensa que cai desde o dia 9. O município diz que a ação não foi autorizada e que tomará providências. A ação dos moradores foi realizada na noite de quinta-feira (18), e rapidamente desmancharam o banco de areia que estava no local.

Agora, a preocupação se volta para a balneabilidade de Canasvieiras, já que quem frequenta a praia assegura que o rio está poluído e recebendo esgoto. A dona de casa Vera de Conti, moradora da região, diz que o represamento do rio estaria influenciando no ecossistema do mangue que forma a bacia hidrográfica. “A prefeitura tranca isso aqui para garantir a balneabilidade e prejudica as outras comunidades. Desviou o mangue e diz que resolveu o problema, mas o esgoto continua aqui dentro”, disse à RICTV Record.

Banhistas e desavisados foram flagrados pela equipe da RICTV na manhã de sexta-feira cruzando a foz do rio. Alguns afirmaram não saber que está poluído. Outros, mesmo afirmando conhecer a situação da água arriscaram passar pelo local para poder caminhar pela orla da praia.

A prefeitura foi informada sobre a ação ainda na madrugada desta sexta-feira e afirma que o problema das recentes inundações de ruas e casas na comunidade não tem relação com o rio do Brás, e sim com o próprio rio Papaquara, que precisa de um desassoreamento. No entanto, a administração não informou um prazo para realizar a dragagem ou limpeza do leito.

Município não autorizou ação dos moradores

Segundo o superintendente de Habitação e Saneamento da Capital, Lucas Arruda, a ação dos moradores não é autorizada pela prefeitura. “O município está tratando esse assunto da mesma forma em que está tratando toda a cidade. Estamos em situação de emergência. A providência tomada pela comunidade, ao que parece, não foi uma ação prudente, não teve autorização do município”, afirmou.

Segundo Arruda, o rio do Brás não tem influência sobre as enchentes registradas na comunidade do Papaquara. “O que precisa ser feito é a desobstrução e limpeza do rio Papaquara, não é o Brás que está influenciando a enchente”, disse. Na sexta-feira, representantes da prefeitura sobrevoaram o rio Papaquara e afirmaram que foi constatada necessidade de limpeza da calha do rio.

A barreira no rio do Brás foi construída em janeiro de 2016, após registro de extravasamento de esgoto no leito que acabou influenciando na qualidade da água na praia de Canasvieiras.

Na época, moradores do Papaquara e até da Barra do Sambaqui chegaram a relatar que por conta do fechamento o esgoto lançado no rio estava tendo vazão para o outro lado. Uma decisão da Justiça Federal também cobra que seja tomada medida alternativa para o lançamento de efluentes da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) que não os rios da região.


Fonte: Notícias do Dia

Fatma aponta que apenas 50,7% dos pontos monitorados em SC estão impróprios para banho

Resultados deste relatório ainda são reflexo da grande chuva que atingiu o Estado

A Fatma (Fundação do Meio Ambiente) divulgou o sexto relatório de balneabilidade da temporada de verão nesta sexta-feira (19). De acordo com o documento, dos 215 pontos monitorados, 109, que correspondem a 50,7%, estão próprios para banho. As coletas foram feitas entre os dias 15 e 19 deste mês.

Os pontos próprios diminuíram de 135 para 106 com relação ao relatório da semana passada, passando de 62,8% para 49,3%. Em relação ao relatório anterior, 35 pontos de Santa Catarina passaram a ser impróprios e seis mudaram para próprios.

A grande quantidade de chuva que caiu no Estado nas duas primeiras semanas do ano ainda impacta nos resultados obtidos. "Para avaliar um ponto é necessário compilar os dados das cinco últimas análises consecutivas. Então, os índices deste relatório ainda levam em conta as coletas anteriores, que apresentaram números expressivos de bactérias levadas até o mar por meio das chuvas", explica o técnico de laboratório, Marlon Daniel da Silva.

De acordo com este relatório, dos 75 pontos avaliados em Florianópolis, 30 (40%) estão próprios para banho. No restante do litoral, 76 (54,3%) dos locais analisados estão aptos para os banhistas. O relatório completo está disponível no site da fundação ou no aplicativo Praias SC, disponível para Android.


Fonte: Diário Catarinense

Aumenta a busca por vacina contra febre amarela nos ambulatórios em Blumenau

Embora nenhuma cidade do Vale do Itajaí esteja no mapa de municípios com recomendação para a vacina contra a febre amarela divulgado pelo Ministério da Saúde, a procura pela vacina se intensificou na região na última semana. Motivados pelos casos em outros Estados do país – principalmente Rio de Janeiro e São Paulo – e pela suspeita de uma morte por febre amarela em Gaspar na quarta-feira, moradores de Blumenau correram aos ambulatórios em busca da vacina, apesar de nenhum caso ter sido notificado na cidade até agora.

Somente no Ambulatório Geral do Centro, na Rua República Argentina, até sexta-feira já havia sido aplicado quase um terço do número de vacinas do ano passado inteiro. Em 2017 foram utilizadas 1.658 doses da febre amarela, enquanto nos primeiros dias de janeiro até sexta-feira a equipe já havia aplicado 450 vacinas. Somente na sexta, o dia mais movimentado até então, foram cerca de 120 aplicações.

– Ainda não aconteceu de algum ambulatório ficar sem as vacinas, mas a procura tem sido muito grande e às vezes a cota no AG termina, mas temos mais no estoque da vigilância epidemiológica. Em alguns pontos da cidade a procura quase triplicou nos últimos dias e isso não tem necessidade. A orientação é que só tome a vacina da febre amarela quem realmente vai viajar para algum local com incidência. Não temos nenhum registro em Blumenau, na região ou em Santa Catarina. Não precisa dessa correria – destaca a gerente da Vigilância Epidemiológica de Blumenau, Rosana Benvenutti.

Os sete ambulatórios gerais do município – Velha, Escola Agrí- cola, Centro, Badenfurt, Fortaleza, Itoupava Central e Garcia – registraram um movimento atípico pela imunização. Conforme relato de funcionários procurados pela reportagem, AGs que vinham aplicando entre 20 e 30 vacinas por dia, chegaram a romper a marca das 100 aplicações.

Nos ambulatórios, equipes responsáveis pela vacinação têm perguntado aos pacientes se eles vão viajar para alguma área com risco da febre, mas os funcionários destacam que muitas pessoas pedem a vacina de qualquer jeito, mesmo sem viagem marcada. Blumenau não está em uma região considerada delicada pelo Ministério da Saúde.

– Só deve se vacinar quem for se deslocar para área de recomendação de vacina. No momento, nós não temos a transmissão de febre amarela no Estado – alertou a gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive-SC), Vanessa Vieira da Silva, em entrevista à NSC TV.

Vacinação ocorre até as 13h nos AGS

A vacina da febre amarela está disponível nos sete Ambulatórios Gerais de Blumenau e não é necessário marcar horário, mas a aplicação é feita somente até as 13h. A medida é para que se evite o desperdício, pois cada frasco tem cinco doses e não pode ficar aberto por muitas horas.

Entre os pacientes que procuraram o AG do Centro na sexta-feira, o blumenauense Alexandre Ribeiro, de 36 anos, conseguiu uma das últimas doses do dia. Com viagem marcada para o Rio de Janeiro, ele aproveitou para colocar outras vacinas em dia e aplicar a da febre amarela.

– Acompanhei todas as notícias e achei importante fazer a prevenção, seguir a recomendação. Se não fosse pela viagem eu não iria tomar a da febre amarela, pois aqui não precisa, deixaria para outra hora – conta.

Dive investiga casos suspeitos no Estado

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive) registrou do dia 1º de janeiro até a última quinta-feira cinco casos suspeitos de febre amarela no Estado, que estão sob investigação. Segundo o órgão, todos os pacientes tiveram deslocamento para áreas com transmissão fora de Santa Catarina e aguardam resultado laboratorial. Duas pessoas morreram: uma moradora de Gaspar e um homem de Lajeado Grande. Os exames são realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Paraná, laboratório de referência em febre amarela para Santa Catarina, e os resultados podem levar até 20 dias para a liberação.

Ainda segundo a Dive, até quinta-feira quatro macacos foram identificados com sintomas da doença, porém, a coleta foi feita em três deles e ainda aguardam investigação. Por viverem no mesmo ambiente que os mosquitos transmissores em área silvestre, os macacos são os primeiros a adoecer alertando para possível circulação do vírus da febre amarela naquela região.


Fonte: Diário Catarinense

No TRF-4, defesa da Petrobras pedirá fim de cargo político

Na sustentação oral durante o julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira, dia 24, o advogado da Petrobras René Ariel Dotti vai defender o fim dos "políticos profissionais" na direção de estatais como forma de combater a corrupção. O criminalista foi contratado pela empresa como assistente de acusação e auxilia o Ministério Público Federal (MPF) nos processos da Operação Lava Jato.

"Nas mazelas da administração pública, em todos os níveis, a generalidade dos cargos em comissão é porta aberta para os malsinados cabides de emprego para a prestação de serviços estranhos à função, como é rotineiro em gabinetes de parlamentares", afirmou Dotti, que será o segundo a falar aos desembargadores federais da 8.ª Turma Criminal do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. "O fenômeno tornou-se rotineiro na cultura política de aparelhamento do Estado, onde não há desempregados."

O advogado e professor de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná (UFPR) afirmou ao Estado que vai ampliar o debate durante sua sustentação. "A sociedade civil organizada poderá manifestar-se contra a escolha de políticos profissionais para assunção de cargos que lhes permita manter a cultura deletéria da distribuição política de funções públicas. Pretendo repercutir esta tese em minha exposição durante o julgamento. A população certamente aprovará", afirmou Dotti.

O MPF, a Polícia Federal e a Receita Federal, em quase quatro anos de Lava Jato, mostraram que o loteamento de cargos estratégicos na Petrobras durante o governo Lula serviram como forma de garantir apoio dos partidos da base e aliados, de arrecadar propinas para campanhas eleitorais e de propiciar enriquecimento ilícito - o rombo estimado é de mais de R$ 40 bilhões. Por meio desse fatiamento, PT, MDB e PP controlavam diretorias da estatal.

O advogado vai levar à 8.ª Turma Criminal a tese da "necessidade urgente" de regulamentação para o inciso da Constituição que trata de quem deve ocupar os cargos em comissão no poder público. O inciso V, do artigo 37, estabelece que funções de confiança, "exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e porcentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento".

"O inciso V nunca foi regulamentado. Urge a regulamentação com a clara definição das condições para preenchimento dos cargos em comissão, eufemismo para designar cabos eleitorais e outros prestadores de serviços pessoais", disse Dotti.

O criminalista vai propor ainda em sua manifestação oral na tribuna, diante dos três desembargadores federais da 8.ª Turma, a necessidade de fazer valer a regra do artigo 41, inciso III, da Constituição, que estabelece como obrigação "o procedimento de avaliação periódica de desempenho" do funcionário, "que sendo reiteradamente insatisfatório possa levar o servidor estável à demissão".

Além disso, Dotti vai acompanhar parecer do MPF pela manutenção da condenação do ex-presidente pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá (SP) e também vai defender o aumento da pena - inicialmente estipulada pelo juiz federal Sérgio Moro em 9 anos e 6 meses de prisão. Ele vai pedir que os recursos recuperados pela Justiça sejam transferidos para os cofres da Petrobras.

Guerra jurídica

Conhecido por ter repreendido o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, durante audiência do ex-presidente com Moro, em Curitiba, no ano passado, ao ver o colega "desrespeitar" o magistrado, Dotti afirmou que não existe uma "guerra jurídica" na Operação Lava Jato como alega o petista. Mas, "sim, um debate nacional sobre a operação que aponta o maior escândalo financeiro na história do Brasil".

Ele também refutou a tese de perseguição e cerceamento de defesa. "O imenso número de recursos manifestados contra as decisões do juiz Sérgio Moro, e a abertura, pelo ex-presidente, de processos administrativos, ação penal e outros expedientes contra o magistrado apontam em sentido contrário."

Dotti vai fazer sustentação oral dos pedidos da Petrobras como assistente da acusação logo após a manifestação do procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum - seu ex-aluno na UFPR. Aos 83 anos, o advogado quase não faz mais audiências, tem uma equipe em seu escritório em Curitiba, mas nesta quarta-feira vai pessoalmente a Porto Alegre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Exame

Julgamento de Lula: o evento que vai dominar a semana

A sessão transmissão on-line em tempo real dos votos contra ou a favor de Lula em sua condenação a nove anos e seis meses de prisão

O julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para a quarta-feira 24, vai dominar a semana. Os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, reúnem-se às 8h30 para iniciar os trâmites da sessão, que terá, inclusive, transmissão on-line em tempo real dos votos contra ou a favor de Lula em sua condenação a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro dada pelo juiz federal Sergio Moro no caso do tríplex de Guarujá. Foram 3,7 milhões de reais em benesses fornecidas pela empreiteira OAS em troca de influência em contratos da Petrobras, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal.

No fim de semana, membros da Frente Brasil Popular chegaram à capital gaúcha e iniciaram a montagem da estrutura do acampamento no Anfiteatro Pôr do Sol, em “defesa do direito de Lula ser candidato” à Presidência da República. Deputados federais e senadores do PT devem comparecer em peso ao Sul do país para atos programados para o dia do julgamento. Diz o partido que 50.000 pessoas estarão presentes e haverá manifestações nas mais diversas capitais. Não se sabe ainda se Lula estará em Porto Alegre ou participará de protesto em São Paulo.

A confirmação da condenação de Lula em um tribunal colegiado, como é o TRF-4, pode torná-lo inelegível pela Lei da Ficha Limpa e tirá-lo do pleito mesmo sendo o primeiro colocado nas pesquisas de opinião. Mais que isso, pelo entendimento atual do Supremo Tribunal Federal, o cumprimento de pena pode começar a ser executado após condenação em segunda instância. Em bom português: Lula pode ser preso, caso assim determinem os desembargadores. Não deve acontecer já nesta semana, pois devem se esgotar ao menos os embargos de declaração, recurso a que Lula tem direito no pior cenário de confirmação da condenação por unanimidade entre os três juízes da 8ª Turma do TRF-4.

Como é difícil que o Tribunal Superior Eleitoral aceite Lula candidato em caso de condenação, partidos de esquerda terão de achar outro nome agregador. Ciro Gomes (PDT), Manuela D’Ávila (PCdoB), Fernando Haddad (PT) e Jaques Wagner (PT), segundo analistas políticos, não têm a capacidade de aglutinar os votantes. Uma nova estratégia precisará aparecer ou os advogados do ex-presidente precisarão tirar um coelho da cartola para viabilizá-lo caso a decisão do TRF não seja favorável. Faltam pouco mais de 48 para o início do julgamento.


Fonte: Exame

2017: o ano em que as transações por cartão superaram o dinheiro

A consultoria Euromonitor projeta que US$ 725 bilhões deixem de ser movimentados via dinheiro no mundo até 2022, e o Brasil é parte da tendência

São Paulo – 2017 pode ter sido o primeiro ano em que o valor das transações por meio de cartões ultrapassou o valor das transações por meio de cédulas e moedas no mundo.

A projeção, da consultoria Euromonitor, é que as transações via cartão subiram 5,5% e atingiram 23,3 trilhões, contra uma queda de 1% no valor por meio de cédulas, o suficiente para inverter a liderança.

A tendência também está presente no Brasil: a projeção é que houve aumento de 5,5% nas transações por cartão contra 4% de alta nas transações em dinheiro em 2017.

“A tendência da substituição dos pagamentos em dinheiro vivo por cartão, principalmente de débito, deve ser uma tendência irreversível e especialmente relevante para compras de baixo valor, em função dos consumidores estarem se acostumando com a segurança e conveniência desse método de pagamento”, diz o post assinado pela pesquisadora Marília Borges.

Os cartões de débito continuarão a ter um desempenho melhor que os de crédito, com um crescimento esperado de 8% esse ano.

“Esse movimento está alinhado com uma megatendência chamada de premiunização que não indica somente a busca por produtos premium, mas também a demanda por uma experiência de pagamento diferenciada”, diz o texto.

A projeção da consultoria é que 725 bilhões de dólares deixem de ser movimentados via dinheiro no mundo até 2022.

No Brasil, deve haver um crescimento modesto de 1% ao ano nas transações via dinheiro no período contra 5% de alta anual nas transações via cartão (valores deflacionados, com preço constante de 2017).

Ainda assim, o valor movimentado por cédulas ainda deve continuar sendo mais alto do que o valor movimentado por cartões no país no horizonte projetado.

Tendência

As compras com cartões no Brasil somaram R$ 308 bilhões no terceiro trimestre de 2017, informou no início de dezembro a entidade que representa o setor, Abecs.

Isso representa um crescimento de 9% sobre o mesmo período de 2016, o maior ritmo de expansão anual desde o segundo trimestre de 2015.

O pagamento digital vem ganhado força ao redor do mundo e a Suécia já anunciou que pretende se tornar em breve o primeiro país a emitir oficialmente uma moeda digital.

Vários economistas celebram a transição como algo que permitirá controlar a economia subterrânea e até resolver alguns problemas de política econômica.

Mas a tendência não foi confirmada por um estudo de John Williams, presidente-executivo da divisão de São Francisco do Federal Reserve, e Claire Wang, analista do banco para dados e políticas sobre dinheiro.

Eles verificaram que entre 42 economias que respondem por 75% do PIB mundial, praticamente todas viram o total de dinheiro em circulação crescer em ritmo mais rápido do que a economia como um todo no período entre 2006 e 2014.

“Apesar da profusão de opções digitais, na maioria dos países, a demanda por notas e moedas é forte e não demonstra sinais de desaceleração”, diz o texto publicado no blog do Fed.


Fonte: Folha de S.Paulo

Otimismo global cresce e atinge maior nível desde 2012, mostra pesquisa

Os executivos brasileiros estão muito confiantes, entusiasmados até, tanto com as perspectivas de crescimento da economia mundial nos próximos 12 meses, como com as expectativas para o faturamento de suas próprias companhias no mesmo lapso de tempo.

Essa explosão de otimismo aparece com clareza na 21ª pesquisa que a consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers) fez, no último trimestre de 2017, com 1.293 CEOs (executivos-chefes) de 85 países, 46 deles brasileiros, divulgada nesta segunda-feira (22) em Davos, na Suíça.

A pesquisa se transformou em uma tradição por ser lançada, sempre, na véspera dos encontros anuais do Fórum Econômico Mundial, que é o grande convescote da elite empresarial do planeta.

De certa forma, mede o estado de ânimo do empresariado global.

Neste ano, é especialmente otimista: 57% dos consultados dizem que o crescimento da economia global vai melhorar nos próximos 12 meses, número que praticamente duplica a porcentagem de otimistas do ano anterior (29%).

"É o maior crescimento jamais registrado desde que a PwC começou a perguntar sobre o crescimento global em 2012", informa o relatório da empresa.

Nesse capítulo específico, os executivos brasileiros estão sintonizados com seus pares do resto do mundo: a porcentagem de brasileiros que espera maior crescimento global deu um salto de 38 pontos percentuais de 2016 para 2017 e bateu em impressionantes 80% -bem acima, portanto, da média mundial.

Idêntico otimismo aparece quando a pesquisa pergunta sobre a confiança no faturamento da própria empresa para os próximos 12 meses: os brasileiros que respondem "muito confiantes" e "algo confiantes" chegam quase a 100%: 57% se dizem "muito confiantes" e 40% "algo confiantes".

Desapareceu de uma vez, portanto, o pessimismo apurado nos levantamentos da PwC feitos durante a grande crise do período 2014/2016: no trimestre final de 2015, último ano completo de Dilma Rousseff, apenas 29% dos brasileiros consultados se diziam otimistas.

O otimismo explode de vez e chega efetivamente a 100% quando a pergunta se refere às perspectivas para três anos adiante (e não apenas 12 meses). Os "muito confiantes" batem em 79%, e os 21% restantes estão "algo confiantes".

Otimismo dos brasileiros à parte, a crise derrubou a confiança no Brasil como ponto bom para negócios entre os CEOs dos outros países: na pesquisa feita em 2010 e divulgada em 2011 (fim da era Lula, início do período Dilma), o Brasil ficava em terceiro lugar na lista dos países considerados como potenciais fontes de crescimento das empresas.

Caiu para o sétimo lugar, na pesquisa publicada em janeiro de 2017, e agora vai para o oitavo lugar.

Desigualdade

O otimismo com que os executivos-chefes globais encaram os próximos 12 meses tem, no entanto, uma importante sombra, em geral pouco presente entre as inquietações do empresariado: a desigualdade, fenômeno que o Brasil conhece bem e que está entrando crescentemente na agenda planetária.

O relatório da PwC abre, aliás, com a constatação de que, desde a primeira pesquisa, há 20 anos, "o fluxo de comércio quadruplicou, as economias emergentes explodiram e 1 bilhão de pessoas foi retirada da pobreza. Mas os benefícios foram desigualmente distribuídos".

Conclui: "Agora, a ira sobre a maneira como a torta está sendo distribuída está crescentemente modelando nosso discurso político –exatamente como os CEOs anteciparam quase uma década atrás quando previram uma crescente brecha entre ricos e pobres e alertaram sobre as crescentes tensões políticas e religiosas".

Posto de outra forma: Davos-2018 começa com otimismo inédito nos últimos anos sobre a economia e sombras, talvez também inéditas, sobre o ambiente político.


Fonte: SPC Brasil

Poupar é hábito pouco frequente mesmo entre os brasileiros de maior renda, revela indicador do SPC Brasil e CNDL

66% das classes A e B não tiveram sobras de dinheiro em novembro. Com Selic a 7%, poupança ganha pouco mais de atratividade; 42% sacaram parte das reservas para pagar contas, dívidas e driblar imprevistos

Guardar dinheiro todos os meses não é um hábito que faz parte da disciplina do consumidor brasileiro. Nem mesmo entre aqueles que possuem renda maior. Dados do Indicador Mensal de Reserva Financeira apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelam que em cada dez brasileiros com renda superior a cinco salários mínimos (R$ 4.690), apenas três (30%) conseguiram encerrar o último mês de novembro com sobras de dinheiro. No total, 66% das pessoas que fazem parte das classes A e B não foram capazes de guardar nenhuma parte de seus rendimentos. Quatro por cento não sabem ou não responderam.

Considerando toda a população e, não apenas os brasileiros das classes A e B, a proporção dos que conseguem guardar dinheiro é ainda menor. Somente 20% conseguiram fechar novembro com sobras contra 70% de não poupadores. Entre aqueles que conseguiram guardar dinheiro em novembro e que sabem o valor guardado, a média é de R$ 400,57.

“A conjuntura econômica é um fator que contribui fortemente para que as pessoas terminem o mês sem dinheiro para investir, mas a falta de disciplina e de controle das finanças também é um grande entrave. O consumidor deve ter em mente que um orçamento controlado pode fazer toda a diferença no final do mês. O ideal não é poupar somente o que sobra no fim do mês, mas sempre reservar uma quantia fixa”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Exemplo desse comportamento pouco regrado é que apenas 5% dos poupadores reconhecem guardar sempre a mesma quantia todos os meses. Um quarto (25%) guardam apenas o que sobra no orçamento quando terminam de pagar todas as contas. “Se o consumidor deixar para poupar o que sobra, é mais difícil ceder aos apelos de consumo. O mais indicado é dividir o orçamento em gastos obrigatórios, gastos com lazer e compras daquilo que gosta e uma parte para investimentos, que precisa ser sagrado e ter objetivos distintos”, explica o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.

60% dos poupadores recorrem à caderneta de poupança; apenas 4% investem em Tesouro Direto

O desconhecimento ou perfil majoritariamente conservador do poupador brasileiro também se refletem quando o levantamento investiga as modalidades de investimentos que os consumidores usam. A caderneta de poupança é o destino mais frequente do dinheiro guardado, com 60% de menções. Em segundo lugar aparecem as pessoas que deixam o dinheiro guardado em casa (18%). Completam o ranking os fundos de investimento (13%), previdência privada (10%), CDBs (8%) Tesouro Direto (4%) e dólar (2%).

A principal razão justificada por aqueles que deixam dinheiro guardado em casa é a liquidez, com 41% de menções – ou seja, a facilidade para dispor desse dinheiro quando precisam usá-lo em momentos de necessidade. Também se destacam a sensação de segurança (20%), o fato de ser uma pequena quantia de dinheiro (20%) e até mesmo o receio de um confisco da poupança (16%), algo que objetivamente pode ser descartado.

O educador financeiro José Vignoli orienta que se a preocupação do consumido for a liquidez, “o dinheiro pode ser depositado em uma conta poupança, que gera rendimentos e de onde pode ser sacado com facilidade. Dessa forma, o dinheiro não fica parado, pode ser sacado a qualquer momento e não deixa o consumidor vulnerável, uma vez que os recursos guardados na própria casa podem ser roubados ou perdidos. Os recursos também são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito, o que dá garantias ao poupador”, afirma Vignoli.

79% já ouviram falar da poupança, mas 33% conhecem Tesouro Direto; com Selic a 7%, poupança se torna pouco mais atrativa

O indicador do SPC Brasil mostra ainda que a poupança, além de ser o destino mais comum das reservas, também é o investimento mais conhecido dos poupadores quem não optam por essa alternativa de investimento: 79% dessas pessoas disseram já ter ouvido falar a respeito dessa modalidade. No caso da previdência privada, 61% dos que não a possuem, já ao menos ouviram falar ao seu respeito. Investimentos em ações são de conhecimento de 57% desses entrevistados e Fundos de Investimentos por 55%. Alternativa que ganhou espaço nos últimos anos – período em que a taxa Selic se manteve elevada – o tesouro direto é conhecido por apenas 33% dos poupadores que não têm essa modalidade de investimento.

De acordo com os especialistas do SPC Brasil, o recuo da taxa Selic para 7% ao ano torna a poupança, comparativamente com outras aplicações de renda fixa, um tipo de investimentos pouco mais atrativo. “O atual ciclo de queda de juros acaba diminuindo a rentabilidade de investimentos atrelados à Selic, favorecendo a poupança, que é isenta de imposto de renda”, explica a economista Marcela Kawauti.

42% dos poupadores tiveram de sacar recursos em novembro; apenas 11% guardam dinheiro pensando na aposentadoria

Para os especialistas do SPC Brasil, o brasileiro deve ter reservas distintas para cada objetivo de vida. Seja ele se prevenir contra imprevistos, garantir uma aposentadoria tranquila ou realizar um sonho de consumo. Nesse sentido, a pesquisa mostra que proteger-se contra imprevistos é o principal propósito dos brasileiros que guardam dinheiro. Pouco mais de um terço (34%) dos poupadores reservaram parte de seus rendimentos para lidar com uma eventual doença ou morte na família. Para 32%, o principal objetivo é garantir o bem-estar da família no futuro, ao passo que 28% pensam em ter uma reserva que cubra gastos em uma situação de desemprego. Apenas 11% dos poupadores brasileiros guardam dinheiro pensando na aposentadoria.

De acordo com a pesquisa, em cada dez brasileiros que possuem uma reserva, quatro (42%) tiveram de sacar ao menos parte desses recursos, sendo que o principal destino foi o pagamento das contas de casa (13%), imprevistos (9%) e pagamento de dívidas (9%).

Metodologia

O indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.

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