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Clipping - 18/04/2018


CDL de Florianópolis

Rádio Guarujá: Rádio Livre
Pauta: CDL Jovem
Clique aqui para ouvir na íntegra.

Fonte: Notícias do Dia - Janine Alves

Geral

Fonte: Notícias do Dia

Trabalhadores da Comcap fazem paralisação de 24h em Florianópolis

Decisão foi em apoio aos servidores municipais, que estão em greve desde o dia 11 contra o projeto da Prefeitura que sugere a gestão de Organizações Sociais em creches e na UPA Continente

Reunidos em assembleia na manhã desta quarta-feira (18), trabalhadores da Comcap (Autarquia de Melhoramentos da Capital) aprovaram uma paralisação de 24 horas. A medida é em apoio aos servidores municipais de Florianópolis, que estão em greve desde o dia 11 contra o projeto da Prefeitura que sugere a gestão de Organizações Sociais em creches e na UPA (Unidade de pronto Atendimento) do Continente.

De acordo com o Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis), na opinião dos trabalhadores “o projeto das O.S. destrói o serviço público e abre brecha para privatização da Comcap”. Eles também exigem mais investimento da empresa em equipamentos e a resolução do problema com os caminhões quebrados.

A paralisação será realizada até as 7h de quinta-feira (19), quando nova assembleia será realizada entre os trabalhadores da autarquia.

Com a decisão, a direção da Comcap confirma a suspensão dos serviços de coleta de resíduos e limpeza urbana por 24 horas, até a manhã de quinta-feira. A autarquia recomenda que o usuário mantenha os resíduos no depósito temporário do domicílio até que os serviços sejam retomados.

A direção da autarquia esclarece que “todas as reivindicações relativas ao acordo coletivo de trabalho estão sendo cumpridas”. A direção também diz que "a paralisação da Comcap é despropositada , relacionada à votação do projeto Saúde e Creche Já” e que “prejudica o usuário, por isso serão tomadas medidas para descontar o dia parado”.

Em sessão tumultuada na tarde desta terça-feira (17), vereadores da Câmara de Florianópolis aprovaram a tramitação urgentíssima para a matéria das Organizações Sociais enquanto a Justiça determinou o fim da greve. Assim, o projeto entra na pauta da Câmara na sessão desta quarta-feira.


Fonte: Notícias do Dia

Projeto das Organizações Sociais entra na pauta da Câmara de Vereadores nesta quarta-feira

Legislativo aprovou tramitação urgentíssima para a matéria enquanto a Justiça determinou o fim da greve

O desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina Hélio do Valle Pereira determinou em liminar na tarde de terça-feira (17) o retorno ao trabalho de todos os servidores municipais da educação e da saúde em Florianópolis. Após duas audiências sem conciliação entre prefeitura e Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis), a decisão amplia a liminar que havia sido proferida na quinta-feira passada. Na tarde de ontem, os vereadores aprovaram (por 16 votos a 5) o requerimento do vereador Roberto Katumi (PSD) para que o projeto de lei 17.484/2018, que trata das Organizações Sociais, tramite em caráter “urgente urgentíssimo” na Câmara de Vereadores.

Hélio do Valle Pereira determinou que “todos (todos!) os serviços de educação e de saúde sejam restabelecidos”. Sobre o pedido da prefeitura para descontar o salário dos grevistas, o desembargador afirmou que a “remuneração está atrelada” à greve. “É direito da municipalidade calcular os vencimentos na proporção dos dias de efetivo labor”. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Florianópolis, a interpretação do Executivo é que o município já pode iniciar o desconto de salários para os servidores paralisados, o que deve começar a ser feito nesta quarta-feira (18).

Na Câmara de Vereadores, os servidores fizeram pressão para tentar derrubar o requerimento de Katumi, mas a base governista conseguiu a maioria dos votos e o projeto será o primeiro a ser lido na sessão desta quarta-feira. Protocolado pela prefeitura em caráter “urgente” o PL teria 45 dias para ser apreciado na Câmara. Com a aprovação do requerimento de “urgente urgentíssimo”, o projeto poderá ir à votação na tarde desta quarta-feira. O PL precisa tramitar por cinco comissões: constituição e justiça, de trabalho, de educação, de saúde e de orçamento. As comissões podem optar por emitir seus pareceres em até três dias, mas há também a possibilidade de todas emitirem pareceres na tarde de quarta-feira e levar o projeto à votação.

Na segunda-feira, o Ministério Público de SC e o Ministério de Contas de SC enviaram à prefeitura uma recomendação conjunta solicitando a retirada do PL da Câmara. Caso a prefeitura optasse por manter o contratação das OS, os órgãos pediram que, em até 30 dias, a prefeitura apresente a documentação respectiva ou indique o site em que ela estará disponível para consulta.

Doze vereadores são favoráveis ao projeto

Os ânimos ficaram exaltados na Câmara de Vereadores quando, após uma votação rápida e sem abertura para discussões, o requerimento do regime de urgência urgentíssima para o projeto de lei foi aprovado. Houve bate boca e muita confusão entre os vereadores e a transmissão da TV Câmara foi cortada. Os vereadores Pedrão (PP) e Afrânio Boppré (Psol) não tiveram seus votos computados, pois o presidente Guilherme Pereira (PR) encerrou a votação antes de eles anunciarem os votos. Cinco vereadores da oposição decidiram entrar com mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça para anular a votação de terça-feira.

Antes de a sessão de ontem começar, o procurador da Câmara, Antônio Chraim, emitiu um parecer admissível ao Projeto de Lei, mas que não poderia tramitar em regime de urgência. Dos 22 vereadores ouvidos pelo Notícias do Dia, 12 se manifestaram favoráveis ao projeto e seis contrários. O vereador Rafael Daux (PMDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, declarou ontem seu voto contrário ao projeto. Segundo ele, da forma como o projeto está, ele é um cheque em branco e um caminho para a irresponsabilidade fiscal. “O problema não é falta de creche, de saúde, de médico. O problema é que o prefeito não pode mais contratar (por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal). Como resolve? Vamos fazer um jeitinho. A última coisa que isso aqui é, é gestão. Isso aqui é um jeitinho”, disse ele.

Na tribuna, o vereador Katumi, líder da base do governo na Câmara, defendeu o projeto e a rápida tramitação da matéria. Segundo ele, esta é a única forma de a prefeitura conseguir abrir novas creches e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Continente.

Comcap decide nesta quarta se adere à greve

As categorias mais afetadas pela greve são as da educação e saúde, mas os trabalhadores da Comcap (Autarquia de Melhoramentos da Capital) devem decidir na manhã desta quarta-feira, às 10h, se irão aderir à greve também.

Logo após a decisão da Câmara, o presidente do Sintrasem, Renê Marcos Munaro, afirmou que a categoria irá ampliar a greve. “Quanto mais eles atacarem essa categoria, quanto mais eles desrespeitarem a democracia nessa cidade, mais os trabalhadores do serviço público vão fazer greve. A nossa resposta, a nossa arma é a greve”, disse Renê.


Fonte: Notícias do Dia

Eduardo Moreira anuncia demissão de servidores para cumprir Lei de Responsabilidade Fiscal

Santa Catarina atingiu limite Máximo e teve R$ 100 milhões bloqueados; apelo é que outros poderes também façam cortes

Um pacote com “medidas administrativas relativas à gestão do Estado” será anunciado nesta quarta-feira (18) pelo governador Eduardo Moreira (PMDB). A citação foi extraída do convite à imprensa para uma entrevista, às 10h, no Centro Administrativo. O anúncio, tratado sob máximo sigilo, prevê o corte aproximado de 20% dos cargos comissionados. Não está descartada, também, a demissão de servidores concursados que ainda estejam em estágio probatório.

O motivo da decisão é que o Poder Executivo atingiu o limite Máximo da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) para o pagamento de servidores públicos, que é 49% da RCL (Receita Corrente Líquida). São três os limites da LRF, o patamar de Alerta (44,1%), o Prudencial (46,5%) e o Máximo. Em ano eleitoral, o desrespeito a essa norma prevê restrições mais sérias. Como consequência, o Estado teve R$ 100 milhões bloqueados. Os recursos em caixa seriam destinados para ações do Pacto por Santa Catarina. Há também uma perspectiva de bloqueios de verbas da União, que poderiam impactar, inclusive, no financiamento negociado junto ao BNDES.

A expectativa é que as propostas anunciadas hoje possam melhorar o cenário para o próximo quadrimestre. Conforme interlocutores do Executivo, esta será uma demonstração de que o poder “está fazendo o dever de casa”. A mesma posição pela austeridade será cobrada do Legislativo, do Judiciário e dos órgãos autônomos (Ministério Público e Tribunal de Contas).

Na Assembleia, por exemplo, a recomendação de que não sejam aceitos quaisquer projetos que aumentem as despesas com pessoal está mais forte do que nunca. Nesta terça-feira (17), uma articulação entre os líderes permitiu que a votação do veto ao plano de carreira dos servidores da Udesc fosse adiada. O assunto será levado à reunião do conselho da universidade e pautado novamente na terça-feira (24). Como medida extrema, se o veto for derrubado, pode-se apresentar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, a exemplo do plano de carreira dos servidores da Defensoria Pública.

Mais que um gesto político-administrativo, a decisão de enxugar a máquina é uma questão de sobrevivência.


Fonte: Diário Catarinense - Cacau Menezes

Lentidão na recuperação da Hercílio Luz

Segundo informações levantadas pelo Serviço Secreto do Cacau, a conclusão dos trabalhos não deve ocorrer até o final deste ano. Diminuíram de ritmo as obras de recuperação da ponte Hercílio Luz. Segundo informações levantadas pelo Serviço Secreto do Cacau, a conclusão dos trabalhos não deve ocorrer até o final deste ano, como havia prometido o ex-governador Raimundo Colombo.


Fonte: Diário Catarinense

Último recurso de Lula no TRF4 será julgado nesta quarta-feira

A partir das 13h30min, TRF4 vai iniciar a sessão que vai julgar o agravo do ex-presidente

Será julgado nesta quarta-feira (18) o derradeiro recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2ª instância. A partir das 13h30min, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) irá julgar os chamados embargos dos embargos no processo que aponta crimes cometidos pelo petista no caso do triplex do Guarujá, no âmbito da Operação Lava-Jato.

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão e está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde 7 de abril.

Embargo é apontado como instrumento protelatório
Como a Corte considera esse tipo de recurso apenas um instrumento meramente protelatório utilizado pela defesa, a tendência é de que o agravo seja rejeitado. A análise da peça deverá ser rápida – no julgamento dos embargos de declaração, em março, os desembargadores levaram apenas alguns minutos para julgar o pedido.

A defesa de Lula apontou supostas 38 omissões, 16 contradições e cinco obscuridades no acórdão que condenou o ex-presidente em 2ª instância. Por unanimidade, os desembargadores negaram a maior parte do pedido.

Apenas foram reconhecidos dois erros materiais ocorridos no julgamento da apelação, em 24 de janeiro, quando Lula teve a condenação confirmada. Os magistrados retificaram uma confusão no texto do acórdão referente ao Grupo OAS e à empresa OAS Empreendimentos, envolvida na reforma do triplex do Guarujá, e a informação equivocada que o Instituto Lula estaria desativado.

Recurso não muda sentença
Independentemente da decisão desta quarta-feira, a sentença proferida contra Lula não sofrerá alteração. Após o fim dos agravos no TRF4, os advogados do ex-presidente poderão entrar com os recursos especial, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e recurso extraordinário, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Prisão após 2ª instância

A defesa do ex-presidente usa, principalmente, dois argumentos para tentar barrar a prisão do petista. O primeiro é de que o artigo quinto, inciso 57 da Constituição prevê que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".

O segundo argumento foi utilizado logo após o juiz Sergio Moro determinar a prisão do petista, em 5 de abril. Na ocasião, os defensores afirmaram que a decisão contraria o próprio entendimento do TRF4 em relação ao cumprimento provisório da pena após condenação em 2ª instância.

Segundo os advogados, na data em que confirmou a condenação do petista em 2ª instância, em 24 de janeiro, o TRF4 condicionou a execução provisória da pena ao esgotamento dos recursos na própria Corte:

"A defesa sequer foi intimada do acórdão que julgou os embargos de declaração em sessão de julgamento ocorrida no último dia 23/03. Desse acórdão ainda seria possível, em tese, a apresentação de novos embargos de declaração para o TRF4”, escreveram os advogados.


Fonte: SPC Brasil

Oito em cada dez brasileiros não se preparam para aposentadoria, mostra pesquisa do SPC Brasil e CNDL

Estimativa é de 104,7 milhões de adultos que não se preparam. Orçamento apertado é principal justificativa. Média do valor reservado para a aposentadoria é de R$ 371. Brasileiros pretendem se aposentar aos 61 anos

O Brasil está envelhecendo rapidamente. Em anos recentes, a população de idosos está ganhando participação cada vez mais significativa em relação aos mais jovens. Embora a expectativa de vida tenha aumentado nas últimas décadas, a grande maioria dos brasileiros não se planeja, no presente, para garantir sua tranquilidade financeira quando for preciso ou desejar parar de trabalhar. A pesquisa O Preparo para Aposentadoria no Brasil, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) indica que oito em cada dez brasileiros (78%) admitem que não estão se preparando para a hora de se aposentar enquanto apenas 19% dos não-aposentados têm se preparado, percentual que aumenta para 25% entre os homens, 26% entre os mais velhos e 30% nas classes A e B.

A estimativa levantada pelo SPC Brasil é de que cerca de 104,7 milhões de adultos acima de 18 anos ainda não aposentados não se preparam para esta fase da vida.

“Entre 2005 e 2015, de acordo com o IBGE, a fatia de pessoas com idade entre 0 e 14 anos decresceu de 26,5% para 21,0% do total de habitantes do país; no mesmo período, o percentual daqueles com mais de 60 anos passou de 9,8% para 14,3%. Estima-se que a parcela dos mais velhos possa dobrar nos próximos 24 anos”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Entre os principais motivos que levaram a se planejar para a aposentadoria estão o hábito de planejar a vida a longo prazo (35%) e o exemplo de pessoas que não se prepararam e por isso tiveram problemas financeiros após a aposentadoria (29%).

Orçamento apertado é principal justificativa para não se preparar

Entre os que não se preparam para a aposentadoria, 47% afirmam que não sobra dinheiro no orçamento e 22% que estão desempregados. Outros 19% já começaram a guardar dinheiro com esse objetivo, porém não conseguiram continuar devido a problemas financeiros e 15% têm outros planos e prioridades.

Já entre os que começaram a se preparar, mas pararam de guardar dinheiro, os principais motivos foram os problemas financeiros (36%), desemprego (35%) e imprevistos pessoais e/ou familiares (29%). Entre estes entrevistados, 22% ainda têm o dinheiro, enquanto 77% já não têm mais – o dinheiro foi utilizado principalmente para pagamento de dívidas (52%), tratamento de saúde (17%) e compras (13%). A maioria dos que pararam de guardar dinheiro para a aposentadoria pretende voltar (92%), no entanto, 52% ainda não tem uma data definida para isso.

Para parte dos entrevistados que têm outros planos que não englobam reserva para aposentadoria, 56% priorizam a compra da casa própria, 44% os estudos e 27% a compra de um carro.

77% possuem meta de guardar dinheiro para a aposentadoria. Média do valor reservado é de R$ 371

A pesquisa identificou os meios mais comuns para se preparar para a aposentadoria. São eles a aplicação em poupança (39%), INSS pago pela empresa (30%) e INSS pago por conta própria (23%).

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, não é nada promissor o fato de que milhões de brasileiros estejam envelhecendo sem planejar o futuro ou pensar em como irão manter-se. “Estamos vivendo um período de transição, e mesmo com a Reforma da Previdência parada no Congresso no momento, é muito provável que as regras sejam alteradas num futuro próximo, já que o sistema previdenciário, hoje, corre o risco de entrar em colapso em pouco tempo. Em qualquer cenário, depender apenas do INSS não é recomendável. O ideal é pensar em uma combinação entre a previdência pública, que é vitalícia, e uma preparação por conta própria, que comece cedo e seja constante ao longo dos anos”, alerta Kawauti.

Entre os que se preparam para a aposentadoria, 87% afirmam possuir o hábito de fazer reserva financeira para outras finalidades além da aposentadoria, sendo que 49% têm dinheiro guardado para imprevistos e 29% para fazer viagens.

Sete em cada dez entrevistados (77%) afirmam ter uma meta de guardar dinheiro para a aposentadoria. Entre eles, 91% estão conseguindo manter essa meta de reservar uma quantia todo mês. Já entre os que poupam dinheiro para aposentadoria de forma ativa, 69% guardam dinheiro mensalmente, 18% a cada 2 ou 3 meses e 5% aproximadamente 3 vezes ao ano – já 6% não têm frequência certa. Em média, o valor reservado, independentemente da frequência de reserva, é de R$ 371,38. Atualmente, o valor médio total aplicado e destinado a aposentadoria é de R$ 20.726,76.

Segundo o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, a regularidade é um fator fundamental na formação da reserva para a aposentadoria: “Independente do valor que a pessoa pode guardar, o efeito dessa ação será notado no longo prazo, e somente a constância permitirá que a pessoa consiga juntar um valor significativo. A reserva financeira, então, precisa ser planejada e ter um hábito mensal. O importante é definir um valor, fazer as contas e ver se a quantia economizada será suficiente para atingir o valor da aposentadoria pretendido pela pessoa no futuro”.

Cerca de 28% dizem saber qual o valor que terão disponível ao se aposentar e 33% acreditam que o valor que está economizando será suficiente para a aposentadoria no futuro. Quatro em cada dez (43%) consideram que o valor que poupam para a aposentadoria aumentou nos últimos dois anos, 41% que ele permaneceu o mesmo e apenas 10% que ele diminuiu.

Brasileiros pretendem se aposentar aos 61 anos

De acordo com o levantamento, a idade média em que os entrevistados começaram a poupar para a aposentadoria é 28 anos. Em média, os entrevistados pretendem parar de trabalhar e se aposentar aos 61 anos, entretanto, outros 21% pretendem continuar trabalhando de forma integral ou parcial, principalmente porque querem se manter ativos (60%) ou por gostarem do seu trabalho (18%). Já entre os que pretendem parar de trabalhar quando se aposentarem, 60% pretendem ter um período de transição até a aposentadoria.

As principais atividades planejadas para o período da aposentadoria são viajar (60%), passar mais tempo com os amigos e a família (50%) e ter novos passatempos (42%).

“Foi-se o tempo em que a imagem dos aposentados estava relacionada a indivíduos inativos, vivendo num círculo social reduzido. Atualmente, muitas pessoas que chegam a este período de transição desejam fazer valer suas horas livres; querem reinventar-se, viajar, conhecer pessoas e lugares, desenvolver novas habilidades, enfim: aproveitar a vida ao máximo, realizando planos que, por várias razões, tiveram de adiar ao longo dos anos”, afirma Pellizzaro. “Qualquer plano, no entanto, engloba gastos que o aposentado precisa estar preparado para lidar.”

12% se preparam para aposentadoria através de um plano de previdência privada da empresa que trabalham

A pesquisa também identificou como os brasileiros entendem a importância dos planos de previdência privada como complemento financeiro ou alternativa ao sistema previdenciário público ao qual todo trabalhador brasileiro tem direito (INSS). Considerando apenas os 12% dos entrevistados que se preparam para aposentadoria através de um plano de previdência privada da empresa onde trabalham, 61% receberam uma proposta direta da própria empresa, acharam interessante e resolveram fazer. Outros 39% ficaram sabendo que a empresa tinha o plano e solicitaram eles mesmos a adesão.

No caso dessas pessoas, 72% possuem um plano de coparticipação com o empregador, que paga uma parte do plano e desconta a outra na folha de pagamento, enquanto para 28% não há contribuição da empresa, pagando integralmente o plano, porém com um valor abaixo do praticado no mercado.

O valor médio de contribuição é de R$ 191,28 mensais, sendo que 38% contribuem com até R$ 150,00. A contribuição ao plano de previdência privada representa, em média, 5,48% do salário.

“Infelizmente, ainda são poucas as empresas brasileiras que adotam programas que estimulam, entre seus trabalhadores, a adesão a planos de aposentadoria. O ideal seria que as empresas incentivassem o funcionário recém-chegado a poupar parte de seus rendimentos para a aposentadoria, através de mecanismos de adesão automática, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos, Reino Unido e Suécia; assim como a implantação de programas contínuos de educação financeira e previdenciária capazes de incentivar o hábito de preparar-se para o momento em que é preciso parar de trabalhar”, indica o presidente Roque Pellizzaro.


Fonte: Folha de S.Paulo

Temperamento de Barbosa, o 'novo' da vez, é virtude e armadilha para eleição

Boa colocação no Datafolha é turvada por dúvidas sobre ideias práticas e viabilidade política

A estreia numericamente bem-sucedida de Joaquim Barbosa na corrida eleitoral, em meio à pasmaceira geral fotografada pelo Datafolha em sua mais recente pesquisa, atiçou o mercado de observação da espiral entrópica que traga o país desde 2013.

Seria enfim o ex-ministro do Supremo o verdadeiro “outsider” da eleição? A resposta é um cauteloso "agora, sim", mas isso não é necessariamente uma boa notícia para suas pretensões eleitorais.

Primeiro, ao personagem. Um menino negro e pobre que ascendeu socialmente num país desigual e chegou à sua corte suprema, enfrentando uma vez lá os poderes constituídos. Não é preciso ser um gênio do marketing para identificar a excelente embalagem do produto.

A questão maior é sobre outro aspecto a ser vendido: a personalidade de Barbosa. Ministro do STF, ele colecionou animosidades com seus antípodas da corte, embora perto do que se registra hoje no tribunal elas soem quase como provocações pueris.

Foi acusado por pares de autoritarismo, em especial no transcurso do mensalão, caudaloso processo que relatou e foi concluído sob sua presidência. Até aí, ponto para Barbosa candidato: aquele julgamento foi um prenúncio da vaga moralizante que tomou o país com a Lava Jato, cabo eleitoral de primeira.

A coisa complica quando se sai do campo da retórica incisiva e se entra na realidade, materializável na forma de debates e interpelações de jornalistas.

Barbosa não é exatamente permeável ao que considera crítica. Está condenado em segunda instância no Distrito Federal por ter mandado um repórter que lhe fez perguntas legítimas “chafurdar no lixo” em 2013 —para sua sorte, danos morais não estão no rol de crimes fatais da Lei da Ficha Limpa, senão estaria inelegível.

Um ano antes, misturara esse tom autoritário com o delicado tema do racismo, premente como sempre num país como o Brasil. Um repórter negro como Barbosa perguntou se ele estava mais sereno, dado seu histórico de atritos no STF. “Logo você, meu brother?” cobrou, dizendo que ele o questionava baseado em “estereótipos” que “eles (os jornalistas brancos presentes) foram educados e comandados para levar adiante”. É o tipo de entendimento do papel da imprensa que se vê no PT, PSOL e assemelhados.

Se tudo isso parece lateral, lembrem o preço que Ciro Gomes já pagou (e parece se coçar para pagar de novo neste ano) por sua intemperança. Há eleitor que pode até gostar disso, vide a resiliência de Jair Bolsonaro, mas é um atalho bem seguro para o fracasso à frente.

Além disso, existe também uma boa dose de dúvida sobre o que de fato Barbosa pensa sobre temas como a gestão econômica do país. Por relatos de terceiros, é um crítico de reformas vitais como a da Previdência, algo temerário com a inviabilidade fiscal do país no horizonte. É preciso escolher que cruz beijar.

Quando estava no STF, se queixava de como a pauta da corte em suas repercussões gerais era dominada pelo “poder econômico”, o que traía um pouco do petismo que ele apoiou no passado, ao votar em Lula. No ano passado, contudo, falou mais comedidamente sobre a necessidade de um Estado menos empresário.

Outro aspecto de sua eventual candidatura diz respeito ao PSB, seu partido. A sigla é mais uma federação de interesses regionais, Pernambuco à frente. A confiabilidade do PSB é tão notória que a sigla conseguiu a façanha de fazer o velho comunista Aldo Rebelo querer ser presidenciável no colo de Paulinho da Força. Benzadeus.

O PSB terá um palanque vistoso em São Paulo com Márcio França, mas só o fato de ele ter sugerido que Barbosa poderia ser vice de Geraldo Alckmin (PSDB) soa suficiente para o ex-ministro espetar umas agulhazinhas em sua efígie. Ainda assim, se a candidatura sair do papel, a estrutura dos pessebistas ultrapassa em muito a da Rede de Marina Silva, que concorre numa faixa semelhante.

Tudo isso diz respeito à eleição, que de resto ainda está bem distante. O que viria depois, a necessidade de composição com um Congresso apodrecido moralmente e vitaminado politicamente é um trabalho que parece nada digerível a Barbosa. Sobre qual plataforma o ex-ministro concorreria então?

Meu palpite: temperado com responsabilidade econômica retórica, buscaria alguma proposta disruptiva com tons de antipolítica visando atrair a unção do voto, apesar da contradição óbvia de estar numa sigla tradicional. Questionado no poder, PT tentou isso várias vezes, com suas ideias de Constituinte exclusiva para reforma política. Deu em nada. Collor, na economia, foi por essa seara salvacionista. Deu no que deu.

Cenário colocado, em que aparentes virtudes podem esconder armadilhas fatais, Barbosa é o novo da vez.


Fonte: Folha de S.Paulo

Em jantar com parlamentares, Temer diz que pretende que MDB continue no Planalto em 2019

Presidente não comentou o resultado da pesquisa Datafolha, na qual seu governo aparece com 70% de rejeição

Em jantar com a bancada do MDB nesta terça-feira (17), o presidente Michel Temer disse que pretende que seu partido continue no comando do Palácio do Planalto a partir de 2019.

"Precisamos eleger um grande número de deputados. Aliás, o meu desejo é que todos aqui, deputados e senadores sejam reeleitos e trazer também outros que possam acrescentar à nossa bancada. Governadores, deputados, senadores e, eventualmente, o presidente da República", disse ao discursar para uma plateia com 40 deputados e 10 senadores do partido.

Temer jantou em um restaurante em Brasília, num evento organizado pela liderança do MDB Câmara para receber novos integrantes da legenda. Ele chegou ao local por volta das 21h, quando o esperavam apenas três senadores e o ministro Moreira Franco (Minas e Energia).

Ao entrar ao local, ele não quis responder sobre seu desempenho em pesquisa Datafolha divulgada nesta terça, que mostra que seu governo é rejeitado por 70% da população. Disse apenas que respeita pesquisas e não comentaria a possibilidade de disputar a reeleição.

O presidente jantou ao lado de senadores e foi interrompido por diversas vezes pelos convidados que chegavam ao local.

Ao discursar, Temer repetiu que seu governo foi alvo de um "ataque".

"Sofremos uma oposição feroz nos quatro, cinco ou seis primeiros meses. Depois, sofremos uma oposição que era de outra natureza, em face de um fato que ocorreu em maio do ano passado e que usaram uma frase falsa para fazer campanha contra o presidente da República", disse, sem mencionar diretamente a delação do grupo JBS, na qual ele foi gravado pelo empresário Joesley Batista dizendo "tem que manter isso, viu".

O episódio foi usado pelo Ministério Público para embasar denúncias contra Temer por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça. As acusações foram suspensas por decisão da Câmara até que Temer termine o mandato.

"Mas eu tive resistência. Resistência minha? Onde é que eu adquiri essa resistência ou resiliência, como dizem? Eu adquiri no MDB", completou Temer.

Além de Moreira e dos parlamentares, participaram do evento os ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Leonardo Cruz (Esporte).

Na saída do jantar, Temer disse ainda que estuda fazer um pronunciamento à nação na sexta-feira (20), mas não quis dizer o motivo. "Não é para falar de denúncia não. Andaram falando por ai que eu vou fazer um pronunciamento para justificar a denúncia, não tem nada disso. Não tem nada disso. Quando tiver, e se tiver [denúncia] ... os advogados é que vão ... Eu vou fazer possivelmente um pronunciamento à nação, como chefe de estado", disse. Indagado sobre o motivo, ele respondeu que "depois conta".

Ainda no jantar, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), disse que não existe espaço para uma nova denúncia contra o presidente. "Não tem nem pé e nem cabeça. É uma espécie de ameaça velada ao governo", disse.

A hipótese de que o Ministério Público esteja preparando uma terceira denúncia contra Temer cresceu depois que alguns de seus amigos, como o ex-assessor José Yunes e o coronel João Baptista Lima, foram presos na Operação Skala, deflagrada no fim de março.

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