Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Informamos, ainda, que atualizamos nossa Política de Privacidade.
CONTINUAR
IMPRENSA | Clipping |

Clipping - 18/10/2017

CDL de Florianópolis

Jornal Notícias do Dia - Edital de Convocação para Assembleia Geral Ordinária


Geral

Fonte: Notícias do Dia

Obra da ponte Hercílio Luz entra em nova fase com a retirada dos cabos pendurais
A estimativa é de que essa fase demore mais seis noites para o corte dos 28 pendurais. Na segunda semana de novembro está prevista a retirada da primeira das 360 barras de olhal

Após a transferência da carga do vão central para a estrutura provisória, a restauração da ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, entrou nesta segunda-feira (16) na segunda fase. Quatro cabos pendurais foram cortados na noite de segunda (16) e retirados na manhã desta terça-feira (17). A estimativa é de que essa fase demore mais seis noites para o corte dos 28 pendurais. A nova etapa foi aberta com a presença do governador Raimundo Colombo (PSD), do presidente do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura), Wanderley Agostini, e dos engenheiros da empresa portuguesa Teixeira Duarte.

Transferência de carga da ponte Hercílio Luz é concluída na madrugada deste sábado

O fiscal da obra de restauração do Deinfra, engenheiro Wenceslau Diotallevy, apresentou a forma de execução da primeira etapa, que consistiu na transferência de carga. “Estamos satisfeitos após a conclusão da primeira etapa, que era crítica e desafiadora, porque os equipamentos responderam como o esperado. A próxima etapa também será desafiadora pela troca das barras de olhal e depois a troca dos joelhos (rótulas), quando as torres serão suspensas”, comentou o governador.

Os cortes dos cabos pendurais também dependem da condição climática. Ventos acima dos 40 km/h podem atrasar a operação. Os 28 cabos serão cortados de quatro em quatro na madrugada, em função da dilatação, e desmontados durante o dia. A segunda fase deve levar duas semanas.

Para o engenheiro Pedro Faro, da empresa Teixeira Duarte, a terceira fase também será crítica. Isso porque é a etapa para a retirada das 360 barras de olhal. “Nossa intenção é começar a retirar na segunda semana de novembro. Temos a opção de retirar os pinos, em uma pressão de até 50 toneladas, caso contrário precisará cortar as barras”, explicou o engenheiro português.

A quarta fase prevê o abaixamento do tabuleiro do vão pênsil para a redução da tensão das barras de olhal que estão ligadas com as treliças.

Monitoramento garante a continuidade da obra

Os engenheiros da Teixeira Duarte e da RMG Engenharia explicaram o monitoramento da estrutura após a transferência de carga do vão central para a estrutura provisória construída sob a ponte Hercílio Luz. Alguns índices demonstraram a redução nas tensões, como ocorreu nas barras de olhal. O estimado era ter uma tensão de 5.333 KN, mas o número real ficou em 5.040 KN.

“Tivemos pequenas diferenças para mais nas barras de treliça. Precisamente, na corda superior, mas as medições ainda estão na margem de segurança de 20%. Também estávamos estimando um deslocamento das torres na ordem dos 63 mm, mas tivemos um de 57 mm”, esclareceu o coordenador técnico da RMG, João Nogueira Motta.

O presidente do Deinfra, Wanderley Agostini, destacou o monitoramento em mais de 200 pontos da estrutura metálica. “O monitoramento on-line oferece a segurança necessária para a continuidade da obra. É claro que a cada fase ainda temos aquele friozinho na barriga”, comentou o presidente.

Interditada totalmente desde 1991, a ponte Hercílio Luz deve estar liberada para o tráfego em dezembro de 2018. Do peso total de cinco mil toneladas, o Deinfra deve trocar duas mil toneladas em peças novas após o término da restauração.

“Ponte tem que prestar serviço à sociedade”

Sobre a polêmica entre os técnicos sobre os diferentes aproveitamentos que a ponte Hercílio Luz pode ter após a restauração, o governador Raimundo Colombo afirmou que a sua opinião particular não importa. Ele acredita que o bom senso deva prevalecer entre os técnicos.

Alguns acreditam que a ponte deveria ser exclusiva para o transporte coletivo, outros defendem a teoria da abertura das duas pistas durante o fluxo e o contrafluxo. “A ponte tem que prestar o melhor serviço à sociedade. Os grupos técnicos têm que se reunir, tomar uma decisão e colocá-la em prática. Se a resposta não vier em 60 dias, a gente muda logo em seguida. Não há risco de errar. Precisamos respeitar os técnicos da prefeitura e do governo para achar o melhor caminho”, sentenciou.

O governador não comentou sobre um novo aditivo a obra. Prevista para custar R$ 273 milhões, o Governo do Estado já pagou R$ 155 milhões.


Fonte: Notícias do Dia

Senado derruba afastamento parlamentar de Aécio Neves imposto pelo STF

Com os votos de 44 senadores contra a manutenção das medidas cautelares e de 26 favoráveis, os parlamentares impediram o afastamento de Aécio

O plenário do Senado decidiu reverter a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e, com isso, pôs fim ao afastamento parlamentar do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que havia sido imposto pelos ministros da Corte no último dia 26.

Com os votos de 44 senadores contra a manutenção das medidas cautelares e de 26 favoráveis, os parlamentares impediram o afastamento de Aécio, o seu recolhimento domiciliar noturno e reverteram a obrigação de entregar o passaporte. Não foram registradas abstenções.

A votação ocorre após a maioria dos ministros do STF decidir, na semana passada, que o tribunal não pode afastar parlamentares por meio de medidas cautelares sem o aval do Congresso Nacional. No fim de setembro, a Primeira Turma da Corte havia decidido, por 3 votos a 2, afastar Aécio do exercício do mandato ao analisar pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito em que o tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base nas delações premiadas dos executivos da J&F.

Debate

Antes de abrir o painel para a votação, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), concedeu a palavra para cinco senadores favoráveis e cinco contrários à decisão do Supremo. Para Jader Barbalho (PMDB-PA), os ministros do STF tomaram uma decisão "equivocada". "Não venho a esta tribuna dizer que meu voto será por mera solidariedade ao senador Aécio. Com todo respeito a ele, estou longe de aceitar sua procuração ou sua causa. Não estou nesta tribuna anunciando voto em razão do que envolve o senador. Voto em favor da Constituição. Ministro do Supremo não é legislador, não é poder constituinte. Quem escreve a Constituição é quem tem mandato popular", argumentou.

Já o senador Álvaro Dias (Pode-PR) criticou o que classificou de “impasse” surgido a partir do instituto do foro privilegiado. “A decisão do Supremo Tribunal Federal, corroborada pelo Senado, vem na contramão da aspiração dos brasileiros, que é de eliminar os privilégios. Nós estamos alimentando-os. Não votamos contra o senador, votamos em respeito à independência dos Poderes, em respeito a quem compete a última palavra em matéria de aplicação e interpretação da Constituição, que é o Supremo Tribunal Federal”, disse.

Antes da votação, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que visitou Aécio nesta terça-feira (17), também defendeu o parlamentar mineiro. "A votação hoje é muito além do caso do senador Aécio, a situação dele terá seguimento no STF, qualquer que seja o resultado. Algumas pessoas imaginam que ele foi julgado hoje em definitivo. Ele continuará sua jurisdição na Suprema Corte. Não há que se falar em impunidade. Isso até é um desrespeito à Suprema Corte. Os ministros do STF vão, a partir dos autos do processo, se isso virar um processo, porque estamos na fase de inquérito, absolver ou condená-lo, de acordo com as provas que tiver nos autos desse processo", disse.

Mais cedo, o PT havia anunciado voto contrário a Aécio. Antes, havia se posicionadodefendendo que o Legislativo tem o poder de revisar medidas cautelares impostas pelo Supremo.


Fonte: Notícias do Dia

Prefeitura e comerciantes de Florianópolis fazem melhorias para receber turistas no verão

Enquanto empresários contratam mais funcionários e promovem reformas, município pretende qualificar o atendimento aos visitantes na temporada

A pouco menos de dois meses do início oficial da temporada de verão, a movimentação é intensa em Florianópolis para a chegada de milhares de turistas que circularão pela cidade, movimentando a economia e gerando empregos. E a expectativa das entidades ligadas ao turismo e dos comerciantes é por uma temporada melhor ainda do que a anterior.

Conforme o presidente da Fhoresc (Federação de Hotéis, restaurantes, bares e similares do Estado de Santa Catarina), Estanislau Emílio Bresolin, as Festas de Outubro já deram sinais de que essa pode ser uma boa temporada para o setor. “A hotelaria sempre está preparada para a temporada e nessa próxima estamos otimistas. As festas deixaram essa impressão, pelo sucesso de público. Os argentinos também estão fazendo muitas consultas, o que deixa um quadro otimista e que tem tudo para ser melhor que a última temporada”, diz.

São 160 hotéis na Capital. Nas cidades da Grande Florianópolis, esse número alcança 247 hotéis, 300 pousadas e 82 hostels, pensões e similares. A grande movimentação de turistas e moradores exige uma boa estrutura, e por isso o superintendente de Turismo de Florianópolis, Vinicius De Lucca Filho, disse que os preparativos estão acontecendo, e preferiu não falar sobre números do verão passado e expectativa de número de turistas para o verão 2017/2018. “A ideia não é nem trabalhar para aumentar o número de turistas, mas sim, para qualificar e atender cada vez melhor quem escolhe Florianópolis como destino”, afirma.

Sobre melhorias, Vinicius diz que haverá banheiros nos balneários e, como diferencial este ano, também em alguns pontos turísticos, como os mirantes. “Haverá chuveiros de alto nível nos balneários, cadeiras anfíbias e esteiras em cinco praias, o que possibilitará que cadeirantes acessem o mar”, destaca. As trilhas também estão recebendo placas de sinalização.

Melhorias para receber os hóspedes

No Cris Plage Hotel, na praia da Joaquina, a movimentação é grande, com o objetivo de melhor acomodar os 200 hóspedes da capacidade total. O hotel passou por reparos e ganhou novos espaços. Pelas reservas, a previsão é de uma grande temporada.

Segundo a supervisora Kuke Castineiras, o hotel ficou fechado no mês de agosto para férias coletivas e para que reparos fossem executados. “Fizemos uma nova recepção, criamos um espaço cultural, onde apresentações artísticas devem ocorrer para os hóspedes, e construímos novos banheiros. A expectativa é de uma temporada melhor economicamente do que a que passou. Já temos muitas reservas, um indicativo de que o mercado estará aquecido”, diz.

O hotel, que na baixa temporada opera com dez funcionários, deve aumentar o número para 15 nos próximos dias, a fim de atender a demanda da temporada. São 67 quartos, com diárias que variam de R$ 197 a R$ 640 nesta época. Valores, que segundo Kuke, podem até dobrar na alta temporada. “Torcemos para que o tempo colabore neste verão e que façamos uma temporada saudável”, afirma.

Reservas são indicativos de uma boa temporada

Quem também está na movimentação de manter a “casa’’ em ordem para receber os hóspedes, é o empresário Matheus Mezzomo, 31 anos, sócio-proprietário do Sunset Backpackers, hostel localizado na praia Mole. “Já temos uma boa quantidade de reservas e esse período é necessário que a equipe esteja bem ativa, na organização da logística, para que a acomodação dos hóspedes ocorra de forma tranquila”, diz.

Conforme o empresário, está tudo pronto para receber os hóspedes. “Antigamente o hostel era praticamente ocupado por estrangeiros, que já conhecem a cultura da hospedagem. Agora, os brasileiros estão começando a conhecer e utilizar. Chegamos a ter 98 pessoas hospedadas por dia na alta temporada. A cozinha para que o próprio hóspede prepare suas refeições é característica do hostel, e isso é algo que as pessoas tem procurado para preparar a própria alimentação”, afirma Mezzomo. O Sunset dispõe de 13 quartos compartilhados e quatro privativos. Os valores das diárias variam de R$ 55 a R$ 350.

Rotina do turista é respeitada por restaurante

O tradicional restaurante Casa do Chico, na avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição, está com a equipe pronta para a tão aguardada temporada de verão. Conforme Rafael Vicente, 35 anos, a casa conta com 30 funcionários, e deve subir para 35 nos próximos dias.

Vicente enfatiza o horário diferenciado, das 11h30 às 23h30. “Nos adequamos à rotina do turista. Ele vai para a praia e almoça tarde, às vezes no final da tarde. Então estamos prontos para atendê-lo dentro desse horário. Trabalhamos o ano todo, mas é no verão que a economia aqui fica mais aquecida”, diz.

Estrutura para receber milhares de pessoas em um curto espaço de tempo

O presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Vinicius Lummertz, adiantou que em novembro será lançada uma campanha de verão internacional para atrair os turistas. “Florianópolis é hoje a melhor cidade turística do Brasil, só precisamos organizá-la e melhorar a estrutura. O turismo gera novos empregos e impostos, de forma rápida, porém alguns setores estão estagnados. Hoje temos apenas um hotel em construção em Florianópolis e outro que está para ser desativado. Logo, estamos no zero. Temos que dialogar sobre a insegurança jurídica, que ainda amedronta o setor”, afirma.

Sobre a campanha internacional, Lummertz falou que o Brasil recebe 2,2 milhões de argentinos, sendo a metade só em Santa Catarina. Motivado, falou ainda que neste verão dois navios de cruzeiro devem passar por Florianópolis, o que movimentaria ainda mais o setor.

Para economista, Brasil parou de piorar economicamente, mas ainda não está recuperado

O economista e conselheiro da Oesc (Ordem dos Economistas de Santa Catarina), Luiz Henrique Belloni Faria, disse que o ano de 2017 foi conturbado na economia e falou sobre a atual situação do país. “De forma geral posso dizer que economicamente o Brasil parou de piorar, isto não significa melhoras, mas sim estagnação da recessão. Incertezas, desemprego alto, baixo nível de investimentos, déficit público, são situações que persistirão um pouco mais”, afirma.

Sobre Santa Catarina, Faria falou que não é uma exceção dentro do contexto nacional. “Os catarinenses convivem com problemas nas mais diversas áreas, apesar de dispor de setores econômicos que se destacam ao nível de Brasil e um deles é o turismo. O setor é uma das mais importantes atividades econômicas do Estado, afirmando-se como relevante fonte geradora de serviços, produtos, emprego e renda”, diz.


Fonte: Diário Catarinense - Rafael Martini

Manutenção das pontes de acesso à Ilha fazem parte de uma novela sem fim

A recente decisão do Tribunal de Contas do Estado que determinou a suspensão do edital para contratação da empresa responsável pela supervisão das obras de recuperação das pontes Colombo Salles (1975) e Pedro Ivo (1991) é só mais um capítulo da interminável novela em que até mesmo decisões judiciais são desconsideradas sob os mais variados argumentos. O fato é que as duas ligações entre a Ilha e o continente se deterioram a olhos vistos sem que a efetiva manutenção fosse feita.

Ainda em 2014, o então juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, Luiz Antônio Zanini Fornerolli, fez vistoria nas passarelas das pontes. Determinou prazo de 30 dias para que fosse apresentado um plano de recuperação. Três anos depois, Fornerolli já avançou na carreira da magistratura – hoje é juiz de segundo grau -, mas as pontes seguem lá do mesmo jeitinho.

Um ano depois, em 2015, relatório encaminhado pelo próprio Deinfra ao Ministério Público já apontava a necessidade urgente de intervenção nas pontes. O estudo dividido em oito volumes, com 162 páginas, trazia um detalhamento inclusive com imagens subaquáticas que mostram a deterioração da estrutura em estado avançado.

O Departamento de Infraestrutura garante que a construtora responsável pelos trabalhos já está devidamente contratada desde 2016, e o dinheiro assegurado em caixa, cerca de R$ 29 milhões. Só que sem a empresa para supervisão das obras de engenharia não pode dar início aos trabalhos. Ou seja, um contrato inferior a 10% do valor total da obra é o impeditivo alegado pelo Estado nos últimos três anos.

Nos bastidores, há quem garanta que o ponto central desse imbróglio seria exatamente o valor total da recuperação. Técnicos do próprio governo garantem que este valor de R$ 29 milhões é insuficiente para uma recuperação das estruturas conforme manda o figurino. O cálculo ideal bate na casa dos R$ 40 milhões. Mas o fato é que, na prática, entre idas e vindas, versões e contrapontos, cerca de 190 mil veículos passam por ali diariamente sem a garantia de uma estrutura 100% segura. Pior: sabe-se lá até quando.


Fonte: Diário Catarinense - Upiara Boschi

O que emperra o fim da aposentadoria de governador em SC

Durante quase 10 anos, o fim da aposentadoria especial para os ex-governadores catarinenses foi uma luta quase isolada do deputado estadual Padre Pedro Baldissera (PT). Nem mesmo em seu partido a tese tinha respaldo. O padre petista lutou na tribuna e nos tribunais — até hoje tramita sua ação no Supremo contra o benefício.

Este ano, outros nomes se juntaram ao Dom Quixote de Guaraciaba contra esses moinhos de vento que custam R$ 3,8 milhões por ano aos catarinenses. Kennedy Nunes (PSD) defendeu o pagamento vinculado ao período de mandato exercido, evitando que vices que assumem o governo recebam o valor integral. Maurício Eskudlark (PR) queria o fim do benefício para futuros ex-governadores, garantindo apenas assistência médica. As propostas foram reunidas à emenda constitucional de Padre Pedro que extingue o artigo que concede as pensões.

Sem reação contrária do governo, o assunto avançou. Nas comissões, ficou clara a intenção de acabar com benefício sem prejudicar quem já o recebe. No entanto, na Comissão de Finanças acabou prevalecendo o texto do deputado petista. No final do semestre, o presidente Silvio Dreveck (PP) garantiu que a proposta iria a plenário na volta do recesso.

Agora, o mesmo Dreveck fala em votar até o final do ano e o clima parece diferente. Existem interpretações de que a aprovação do projeto como está leva à insegurança jurídica. Sem o artigo constitucional que determina o pagamento aos ex-governadores, não haveria como fazer o pagamento aos que já recebem. Uma emenda ao texto aprovado nas comissões terá que ser apresentada em plenário, para garantir Antonio Carlos Konder Reis, Henrique Córdova, Colombo Salles, Jorge Bornhausen, Esperidião Amin, Casildo Maldaner, Paulo Afonso Vieira, Eduardo Pinho Moreira e Leonel Pavan, além das viúvas de José Boabaid, Vilson Kleinübing e Luiz Henrique da Silveira.

Aliás, o vice-governador Pinho Moreira (PMDB) voltou recentemente à lista. Decisão do Tribunal de Justiça em ação de Padre Pedro definiu que ele pode receber a pensão pelos oito meses que governou o Estado em 2006, desde que limitado aos R$ 15 mil que é o salário de governador. Os demais recebem R$ 30.471,11, como os desembargadores.

Em 2007, o peemedebista foi o estopim do debate sobre o tema porque sua aposentadoria foi considerado uma compensação política por não concorrer à reeleição como vice-governador e abrir espaço para que Luiz Henrique colocasse na chapa o tucano Leonel Pavan — outro aposentado com apenas oito meses de governo. Se não tivesse sido usada como moeda política, talvez as pensões não tivessem despertado tamanha polêmica.


Fonte: Diário Catarinense

Entidades vão à ONU para tentar barrar portaria

Entidades recorrem à ONU contra a decisão do governo brasileiro de modificar a definição de trabalho escravo e de deixar nas mãos do ministro do Trabalho a inclusão de empresas na chamada "lista suja", que engloba aqueles que desrespeitam os direitos trabalhistas.

Num apelo urgente enviado ontem a alguns dos principais relatores da ONU, a entidade Conectas e a Comissão Pastoral da Terra solicitam que a ONU peça a revogação imediata da medida. Para as entidades, a portaria "contraria a Constituição, o Código Penal e instrumentos internacionais dos quais o Brasil é parte".

Num documento de mais de 20 páginas, as duas organizações condenam veementemente a portaria e argumentam que a decisão do governo representa o "ataque mais violento contra o sistema de combate ao trabalho escravo no Brasil".

O documento também "alerta para o dano irreparável que a medida pode trazer aos direitos dos trabalhadores e pede a revogação imediata da portaria, a garantia de destinação de recursos para o combate ao trabalho escravo e que o Estado brasileiro se comprometa a não promover mais retrocessos nessa área". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: EconomiaSC

Petrobras anuncia novo reajuste para gasolina e diesel

Preço da gasolina sofrerá reajuste de 1,70% nas refinarias e alta de 1,00% no diesel

A Petrobras anunciou um novo reajuste para os combustíveis, com aumento de 1,70% no preço da gasolina nas refinarias e alta de 1,00% no preço do diesel, de acordo com a política de preços em vigor. Os novos valores começam a ser aplicados a partir das 0h desta quarta-feira (18).

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela Petrobras no dia 30 de junho. Com esta política, a Petrobras pretende acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em busca de convergência no curto prazo com a paridade do mercado internacional, na decisão de revisão de preços, são consideradas as informações sobre câmbio e as cotações internacionais.

Futuros ajustes de preços de combustíveis são divulgados no site da companhia (www.petrobras.com.br/precosdistribuidoras) e nos canais internos de comunicação aos clientes.


Fonte: SPC Brasil

Indicador de Confiança do Consumidor se mantém estável em setembro; apenas 11% avaliam a vida financeira como positiva, mostram SPC Brasil e CNDL

Para 81%, economia do país se encontra em condições ruins. Apesar da percepção atual ser negativa, 58% nutrem esperanças de que vida financeira vai melhorar em um horizonte de seis meses

O Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) se manteve praticamente estável na passagem de agosto para o último mês de setembro. Nesse período, o índice registrou uma leve variação negativa, indo de 42,3 pontos para 41,3 pontos na escala que varia de zero a 100. Resultados abaixo de 50 pontos mostram que a maior parte dos consumidores segue pessimista com a economia e com a vida financeira.

A abertura do indicador que avalia a Percepção do Cenário Atual também apresentou estabilidade, variando de 30,1 pontos para 29,8 pontos. De acordo com a sondagem, apenas 11% dos consumidores brasileiros avaliam como positiva as condições atuais de sua vida financeira. Para 43%, a situação é ruim. Outros 45% classificam as condições como regular. Quando a avaliação se detém à situação econômica do Brasil no presente, o percentual dos que avaliam o momento como ruim sobe para expressivos 81%. Apenas 3% consideram a situação positiva.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, “a consolidação da volta da confiança é uma condição necessária para a retomada do consumo das famílias e dos investimentos pelo lado dos empresários. Mas isso dependerá, fundamentalmente, do aumento de vagas de emprego e ganhos reais de renda, depois de longo período de queda”.

Dificuldade de pagar contas e desemprego são principais sintomas de que vida financeira vai mal

O levantamento apurou que para os que observam que sua vida financeira vai mal, a dificuldade de pagar as contas e o aperto orçamentário são as principais razões, mencionadas por 38% desses consumidores. A segunda razão mais mencionada é o desemprego, citado por 34% da amostra. A queda da renda familiar tem 14% de menções.

Dentre aqueles consumidores que avaliam negativamente o desempenho da economia, o desemprego, novamente, aparece com destaque. Neste caso, ele é o principal sintoma do pessimismo, mencionado por 47% dos entrevistados. Os altos preços de produtos e serviços também são lembrados, com 27% de menções. Os juros elevados ficaram em terceiro lugar, com 10% de citações.

Para 47% dos consumidores ouvidos, o que mais tem pesado na vida financeira familiar é o alto custo de vida. Também pesa sobre o orçamento das famílias o desemprego, citado por 21% e o endividamento, mencionado por 13%. Os preços de combustíveis são os mais citados quando se fala em aumento dos preços: 76% notaram que os preços aumentaram nesses locais.

Considerando a parcela minoritária de entrevistados que veem a sua vida financeira de modo positivo, a maior parte (45%) desses consumidores entende que as coisas vão bem por causa do controle que fazem de seu orçamento pessoal. Outro fator de peso é possuir uma reserva financeira (8%) para lidar com situações de emergência. A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti avalia que o dado revela a importância de colocar a organização financeira como prioridade, sobretudo em um momento de crise como o atual. “Quem faz um controle sistemático do orçamento consegue ajustar os gastos e o padrão de vida com mais rapidez em momentos de aperto”, explica.

Apesar do quadro atual ser ruim, 58% nutrem esperanças de que vida financeira vai melhorar em seis meses; 25% acham que vão conseguir emprego ou promoção

Ainda que o diagnóstico do quadro atual seja negativo, a maioria dos brasileiros nutre esperanças de que a sua situação financeira deve melhorar em um horizonte de seis meses. O Indicador de Expectativas marcou 52,7 pontos. Como se encontra acima do ponto neutro de 50 pontos, o resultado indica que a maior parte dos consumidores têm uma percepção positiva sobre o futuro, ainda que de forma discreta. A expectativa para a vida financeira pontuou 63,7 pontos. Já a expectativas para a economia ficou nos 41,8 pontos.

Em termos percentuais, 58% dos consumidores possuem boas expectativas para a própria vida financeira. Apesar disso, a maior parte (36%) desses consumidores não sabe ao certo justificar as razões concretas do otimismo. Apenas acreditam que coisas positivas devem acontecer em suas vidas. Há, no entanto, 25% que respaldam esse sentimento na esperança de conseguir um novo emprego ou uma promoção no trabalho e 10% que consideram fazer uma boa gestão do orçamento.

Entre aqueles que nutrem expectativas negativas para o próprio bolso (11%), 27% relatam o aumento dos preços e 26% citam o receio de que a crise econômica persista no futuro.

Brasileiro está mais otimista com o futuro próprio bolso que com economia do país; corrupção é principal motivo para quem não acredita em melhora

Uma constatação de destaque revelada pelo indicador é um relativo descolamento entre a percepção da própria situação financeira e as condições econômicas do país. Se, por um lado, o brasileiro acredita que conseguirá controlar seu orçamento, por outro, há desconfiança com relação a economia do país. A maior parte (42%) dos brasileiros se diz pessimista em um horizonte de seis meses. Apenas 16% estão otimistas de que a economia brasileira irá melhorar, ao passo que 36% têm opinião neutra a respeito.

A corrupção é o principal motivo do pessimismo do brasileiro com a economia. Quatro em cada dez (37%) dos que não guardam boas expectativas acreditam os escândalos atrapalham o desempenho do país. Outra razão citada é o alto nível de desemprego que ainda se nota (21%).

Entre os otimistas com a economia, novamente, a maior parte (46%) não sabe ao certo porque pensam dessa maneira. Para 13%, a razão está no fato de o pior momento da crise política já ter passado. Também há os que mencionam a percepção de que o desemprego está caindo (8%). “Ainda que algumas variáveis já comecem a apresentar sinais positivos, como é o caso da inflação controlada e da queda das taxas de juros, que são fatores com impacto no bolso do consumidor, o mercado de trabalho e a renda das famílias, ainda se encontram em patamares historicamente ruins e, isso acaba deteriorando as expectativas dos consumidores”, afirma Marcela Kawauti.

Metodologia

Foram entrevistados 801 consumidores, a respeito de quatro questões principais: 1) a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia; 2) a avaliação sobre a própria vida financeira; 3) a percepção sobre o futuro da economia e 4) a percepção sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador e suas aberturas mostram que há confiança quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica falta de confiança.


Fonte: Exame

Amazon começa a vender eletrônicos no Brasil

A nova loja, que entrou no ar no primeiro minuto desta quarta-feira, já nasce com 110.000 itens ofertados, segundo a empresa, por “milhares de vendedores”

Após uma semana de rumores, a varejista americana Amazon finalmente ampliou sua atuação no país nesta quarta-feira com o começo da venda de eletroeletrônicos.

Pouco mais de seis meses após abrir seu site para que pessoas físicas e jurídicas vendam seus livros, a Amazon permite agora a venda de eletrônicos como celulares, televisores, tablets, telefones e impressoras (novos e usados).

A nova loja, que entrou no ar no primeiro minuto desta quarta-feira, já nasce com 110.000 itens ofertados, segundo a empresa, por “milhares de vendedores”.

“Queremos ter o maior número possível de produtos e também o maior número de vendedores para ter os melhores preços ao consumidor”, diz Alex Szapiro, presidente da Amazon no Brasil.

Para garantir isso, a Amazon chega com uma estrutura agressiva: a comissão cobradas nas vendas é de 10%, enquanto os demais sites cobram, em média, 15%. Entre as empresas que entraram no market place da Amazon estão desde fabricantes como Sony e LG até e-commerces como Efácil, Webfones e Clubnet.

Especialistas acreditam que a empresa também deve começar a subsidiar frete, como já vem fazendo com o segmento de livros. “A Amazon oferece hoje frete de 2,50 reais para livros em seu marketplace. É um valor extremamente baixo e que fica difícil para outros concorrerem”, diz um executivo do setor.

O impacto que isso pode trazer no cenário do comércio eletrônico brasileiro já foi sentido na bolsa. Desde que a notícia da ampliação da atuação da Amazon começou, ainda na semana passada, as ações da maior empresa de e-commerce do país, a B2W, caíram 20,8%, as da Via Varejo recuaram 13,9% e as da Magazine Luiza, 18,6%. Na bolsa americana Nasdaq, os papéis do Mercado Livre recuaram 14,4%.

Para uma empresa que domina o varejo americano, o site de comércio eletrônico Amazon vinha se notabilizando por crescer no Brasil num ritmo estranhamente lento. A companhia, que foi fundada por Jeff Bezos há mais de 20 anos e vale quase meio trilhão de dólares em bolsa, começou a operar por aqui há cinco anos.

Mais do mesmo?

Agora, em 2017, a expansão da Amazon no Brasil acontece justamente em um ano em que as varejistas parecem começar a ter resultados melhores após anos no vermelho.

No últimos anos, grandes investimentos, somados a fretes grátis, pagamentos em 12 vezes sem juros e competição por preços mais baixos acostumaram mal os consumidores e criaram um rombo no caixa da maioria das empresas. A B2W, que acumula prejuízos desde 2012, deixou de vender produtos de margens mais apertadas.

Na segunda maior empresa do setor, que reúne os sites das varejistas Casas Bahia, Ponto Frio e Extra, a saída foi integrar as operações online com as operações físicas, reunidas sob o guarda-chuva da companhia Via Varejo, em processo que foi concluído em outubro do ano passado.

Apesar de sempre ressaltarem que não estão ameaçados pela Amazon, os maiores varejistas do país tentam fazer o que podem para dificultar a escalada da Amazon no país. A B2W informou esta semana que, até o fim de novembro, vai começar a vender produtos usados, negociados entre pessoas físicas, se aproximando da estratégia da Amazon e do MercadoLivre no país.

A empresa também vai lançar o “Americanas Prime”, serviço de entregas premium que funciona como uma assinatura que garante um valor fixo de frete no ano, independente da quantidade de produtos comprado. A B2W já tem o serviço Submarino Prime.

O presidente mundial do Mercado Livre, Marcos Galperin, disse em entrevista a EXAME no fim de agosto que vai fazer um investimento recorde no país ainda neste ano, de 1 bilhão de reais, o que inclui a inauguração do primeiro centro de distribuição da empresa aqui.

Enquanto as principais concorrentes investem em logística, um dos principais gargalos do país, a fórmula que a Amazon vai adotar no Brasil é deixar o estoque e a entrega nas mãos do lojista, diferentemente de outros mercados em que tem a plataforma Amazon Fulfillment.

Se por um lado isso alivia os problemas que uma empresa estrangeira como a Amazon poderia ter para entregar produtos nos cantos mais remotos do Brasil, por outro, pode prejudicar e muito a imagem da empresa.

“A Amazon é uma marca muito desejada no Brasil. Se eles apenas oferecerem o que os outros já oferecem, não vão trazer a satisfação esperada. O consumidor vai comparar a empresa com a Americanas.com. O mínimo que ele espera é um serviço melhor”, diz Alevir Francisco de Assis, diretor do Instituto Ibero Brasileiro de Relacionamento com o Cliente.

Se não vai inovar na logística, a Amazon aposta em seu atendimento ao cliente como um de seus grandes diferenciais para bater os concorrentes nesta nova fase. Um dos exemplos constantemente citados por Szapiro é o call center que a empresa tem com profissionais treinados e funcionários disponíveis para atender solicitação dos clientes a qualquer momento.

“Recebemos muitos elogios deste atendimento. Atender bem é algo básico”, afirma Szapiro. Só tem um detalhe: o call center fica localizado na Costa Rica. “Como é que alguém da Costa Rica pode entender os problemas de alguém que não teve seu produto entregue na favela do Rio, por exemplo?”, diz Assis.

Apesar de ser bastante reconhecida por seu atendimento ao cliente, no site ReclameAqui a Amazon tem um dos piores desempenhos da categoria livrarias online. Isso principalmente porque a empresa não responde as reclamações feitas no site. Nos últimos seis meses, ou seja, desde que iniciou seu marketplace de livros, a empresa teve 1.006 reclamações.

Em comparação, a Fnac teve 911 e a Livraria Cultura, 773. A Amazon afirma que “não utilliza sites de terceiros para atender seus clientes, e sempre recomendamos que os clientes entrem em contato pelos canais de atendimento da Amazon”.

Um olhar para a Índia

O mercado brasileiro não é o primeiro com dificuldades operacionais pelo qual a Amazon se aventura. Para entender o que pode acontecer no Brasil vale olhar para a Índia. O país também é um lugar difícil para construir uma empresa de comércio eletrônico. A nação vasta e multilíngue sofre de uma infraestrutura precária e um sistema burocrático.

Mesmo assim, Jeff Bezos, o fundador da Amazon, afirmou, no ano passado, que o mercado indiano é o de maior crescimento da companhia.

O executivo anunciou o investimento de 3 bilhões na expansão indiana, além dos 2 bilhões já investidos. Por lá, a Amazon está competindo com a indiana Flipkart, que inclusive foi fundada por ex-funcionários da Amazon, e com a Snapdeal.

As empresas iniciaram uma forte disputa de preços no país, o que resultou num prejuízo de 1,8 bilhão de dólares somando as perdas das três operações em 2016. Para aumentar seu tamanho, a Flipkart recentemente adquiriu as operações do eBay na Índia e fez uma proposta para comprar a Snapdeal.

“Na Índia a Amazon tem uma competição acirrada. Aqui eles estão muito pra trás. Estão entrando em novos mercados, mas sem um diferencial, então a vida deles não vai ser fácil”, diz Paulo Humbert, sócio do fundo de investimentos A5.

A briga na Índia é por um mercado que faturou 16 bilhões de dólares em 2016. O e-commerce brasileiro faturou 44,4 bilhões de reais (cerca de 14 bilhões de dólares) em 2016. É um enorme mercado, que nesta quarta-feira ficou ainda mais disputado. Tudo que se espera é que a competição melhore a vida do maltratado consumidor brasileiro.


Fonte: Folha de S.Paulo

Com recursos escassos, Caixa segura crédito imobiliário aprovado

Lucro da Caixa cresce com inadimplência menor e redução da provisão para calote de clientes

Tomadores de empréstimo imobiliário pela Caixa Econômica Federal têm enfrentado atrasos na conclusão do financiamento, mesmo com a carta de crédito em mãos.

O Banco Central registrou 248 queixas sobre a Caixa no primeiro semestre do ano relativas a demora na liberação do financiamento, alta de 9% ante os seis meses anteriores e de 2,5% sobre igual período de 2016. "Hoje, um financiamento na Caixa pode levar até 90 dias. Em outros bancos, a média é 30", diz Fernando Freitas Carvalho, diretor da assessoria Crednow.

O paulistano Vinicius Teixeira, 29, deu entrada no financiamento no início de setembro. "Já assinamos a carta de crédito, mas sem o contrato não pego as chaves, e os valores na construtora são corrigidos mensalmente", diz.
Ele registrou uma reclamação no SAC do banco, e a resposta oficial foi que "a assinatura do seu contrato ainda não foi possível por falta de dotação orçamentária".

"Esse problema de recursos é comum no fim do ano, mas era resolvido em três dias. Agora, tenho processos há mais de 20 dias esperando assinatura", afirma Roberto Camilo, da RC Assessoria.

Mário Azevedo, 28, deu entrada no financiamento para uma casa em Natal (RN) em junho. Ele diz que o FGTS foi liberado, a carta de crédito, aprovada, e a assinatura do contrato, marcada para julho.

"Passou julho, chegou agosto, e o gerente disse que eu tinha que aguardar porque estavam sem dinheiro. Voltei em setembro, e não havia prazo. Agora, vem me dizer que faltou cumprir com certas obrigatoriedades. É constrangedor", afirma.

Nos últimos meses, a Caixa anunciou restrições ao crédito, como a redução do limite financiado para imóveis usados de até 70% para 50%.

Para José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (conselho dos corretores de SP), o governo "subestimou a recuperação da economia" ao planejar os repasses. "Um diretor do banco me disse que é tudo questão de orçamento. Em janeiro, deve normalizar. Até dezembro, é uma incógnita. Poderia haver suplementação, mas acho difícil porque a captação da poupança está baixa", diz Viana.

João da Rocha Lima Jr., do Núcleo de Real Estate da Poli-USP, explica que, com perdas na poupança, a Caixa toma recursos a taxas de mercado, para honrar contratos, mas empresta a taxas do Sistema Financeiro da Habitação, mais baratas. "O banco perde dinheiro, e acaba colocando novos contratos em espera."

O problema afeta ainda quem está vendendo o imóvel, como Theago Liddell, 32, que há três meses encontrou um comprador com crédito aprovado para seu apartamento em Sumaré (interior de SP), mas até hoje não foi chamado para assinar o contrato.

"Os documentos estão certos, mas dizem que está na fase de reserva de recursos. Já comprei outro imóvel e devo R$ 10 mil por atrasos", conta.

Outro lado

A Caixa explicou que, considerando o orçamento anual e as contratações, que o banco diz estarem 20% superiores a 2016, adotou "estratégia de execução mensal do orçamento" em todas as suas linhas de crédito imobiliário.

Afirmou ainda que o tempo médio para assinatura do contrato é de 30 dias e "o prazo se mantém."

O banco não descartou aportes, se as contratações atingirem o total disponível.

Acompanhe a CDL de Florianópolis nas redes sociais:

Facebook Twitter Instagram YoutubeCDL de Florianópolis

Para garantir que nossos informativos cheguem à sua caixa de entrada, adicione
o e-mail contato@newscdlfpolis.com.br ao seu catálogo de endereços.

Voltar