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IMPRENSA | Clipping |

Clipping - 06/06/2017

CDL - Evento Eu amo a praça
Fonte: Notícias do Dia - Fábio Gadotti

CDL - Evento Eu amo a praça
Fonte: Diário Catarinense - Viviane Bevilacqua

Geral


Fonte: Notícias do Dia

Prefeitura derruba barracos irregulares na Caieira do Saco dos Limões, em Florianópolis

Terreno pertence ao município e, segundo a Secretaria de Assistência Social da Capital, o local está destinado ao programa Minha Casa Minha Vida

A Prefeitura de Florianópolis derrubou sete barracos construídos irregularmente, nesta segunda-feira (5), na Transcaieira, que liga o Morro da Cruz ao bairro Saco dos Limões. De acordo com os moradores, a invasão começou em novembro do ano passado. O terreno pertence ao município e, segundo a Secretaria de Assistência Social da Capital, o local está destinado ao programa Minha Casa Minha Vida.

No total são dez edificações de madeira reutilizada, mas foram demolidas as que não tinham moradores. “Algumas construções pertencem a comerciantes locais. O dono da borracharia é um deles”, disse um assistente social. Os barracos foram demolidos por uma máquina retroescavadeira da Secretaria de Obras, sob a proteção da Polícia Militar. Cerca de 50 PMs armados fizeram a contenção.

Moradores protestaram pacificamente. Everton Jair Antônio de Almeida, 26 anos, construiu o barraco em novembro. Ele contou que a mulher está em Santo Ângelo (RS) e relutou em sair de casa. Almeida foi obrigado a retirar a cama, a televisão e as roupas de cama. Quando os fiscais chegaram o barraco dele estava fechado, por isso foi demolido.

Conforme a assessoria da Secretaria do Meio Ambiente, Planejamento e Desenvolvimento Urbano, a situação dos três barracos ocupados está sendo analisada pela Justiça. Claudionor Ribeiro da Silva, 39, foi um dos poupados temporariamente. Ele contou que veio de Lages à procura de melhores condições de vida na Capital e ficou morando de favor no porão da casa de um amigo na Serrinha, até se mudar para a Transcaieira.

Claudionor, que faz bico, falou que conseguiu um lugar nos fundos da casa do amigo Sérgio Alves da Silva, 47, onde construiu um barraco, mas a edificação de madeira não aguentou a ventania forte de novembro do ano passado. Então, Sérgio o orientou a construir no terreno da prefeitura. Fiscais acusam Sérgio de coordenar a invasão. Ele admitiu que ajuda os desabrigados e comentou que o poder público deveria doar uma casa para quem não tem aonde morar.


Fonte: Notícias do Dia - Paulo Alceu

STJ quebra sigilo telefônico de Colombo; governador diz que é "forma de esclarecer fatos"

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Luiz Felipe Salomão, autorizou a quebra do sigilo telefônico do governador Raimundo Colombo e dos ex-secretários Antonio Gavazzoni e Enio Branco. Para o magistrado, é uma maneira de ampliar a investigação referente à delação dos executivos da Odebrecht envolvendo o governador.

Ou seja, os dados que possui, de repente, não são suficientes para uma avaliação mais complementar. Para o governador Colombo, foi uma decisão importante, como forma de esclarecer todos os fatos. Ou seja, ajudará a esclarecer, pois não ficará apenas na “verdade” construídas por delatores.

Nota do governo

O governador Raimundo Colombo diz que apoia totalmente a decisão do ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, que autorizou a quebra de sigilo telefônico do governador. “É uma forma de esclarecer todos os fatos”, afirmou o governador.


Fonte: Notícias do Dia

Santa Catarina é o segundo Estado do país com menos homicídios, aponta Atlas da Violência
Relatório que mostra o panorama de mortes violentas indica Jaraguá do Sul e Brusque como cidades de até 100 mil habitantes mais pacíficas do Brasil

Jaraguá do Sul e Brusque são as cidades com mais de 100 mil habitantes mais pacíficas do Brasil, de acordo com o Atlas da Violência, divulgado ontem pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O estudo tem base nos dados de 2015 e mostra que Santa Catarina é o Estado com a segunda menor taxa de homicídios (com 13,3 casos a cada cem mil habitantes). Perde apenas para São Paulo, que registra 12,2 homicídios a cada 100 mil pessoas. Em 2015, o Brasil registrou 59.080 homicídios, ou seja, 28,9 mortes a cada 100 mil habitantes. Do total, 957 foram em solo catarinense.

Além de Jaraguá do Sul e Brusque, Blumenau também figura entre as 30 cidades mais pacíficas, na 21a posição. Com 61 homicídios registrados no total em 2015, Florianópolis ocupava a 41a posição naquele ano – índice que deve mudar em 2017, já que só nos cinco primeiros meses deste ano a Capital já registrou 90 homicídios. Das cidades pesquisadas, Criciúma apresentou o pior desempenho em Santa Catarina, com uma taxa de 29 mortes a cada 100 mil habitantes.

O estudo do Ipea fez um contraponto entre a cidade mais violenta do país (Altamira, no Pará) com a menos violenta, Jaraguá do Sul, para tentar explicar as diferenças entre cada uma. São apontadas as questões socioeconômicas, a forma como se deu o crescimento das cidades, de oportunidades de trabalho, geração de renda e políticas públicas.

Em 2015, a cidade catarinense possuía 164 mil habitantes e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,803, enquanto que a cidade do norte contabilizava 108 mil cidadãos e IDH de 0,665. Enquanto Altamira tem 46,1% de pessoas com mais de 18 anos com ensino fundamental completo, Jaraguá possui 68,7%.

Vítimas são homens, negros e jovens em sua maioria

Em nível nacional, o Atlas da Violência mostrou que apenas 2% dos municípios brasileiros (111) respondiam, em 2015, por metade dos casos de homicídio no país, e 10% dos municípios (557) concentraram 76,5% do total de mortes. Estados do Norte e Nordeste apresentaram crescimento superior a 100% nas taxas de homicídio de 2005 para 2015, com destaque para o Rio Grande do Norte (crescimento de 232%), Sergipe (134,7%) e Maranhão (130,5%). As reduções mais significativas ficaram com São Paulo (queda de 44,3%) e Rio de Janeiro (36,4%) no período de 11 anos. Dos 30 municípios mais violentos, 22 estão no Norte e Nordetes, enquanto que 24 dos 30 menos violentos ficam na região Sudeste do país.

Dos 59 mil homicídios em 2015, mais da metade (31.264) foram de jovens entre 15 e 29 anos, uma redução de 3,3% em relação a 2014. Os homens jovens são as principais vítimas e correspondem a 92% dos homicídios de 2015, enquanto que a cada 100 mortos, 71 são negros.

Em Santa Catarina, de 2005 a 2015 houve um aumento de 50% na taxa de homicídios de negros. De acordo com informações do Atlas, os negros possuem chances 23,5% maiores de serem assassinados em relação a brasileiros de outras raças, já descontado o efeito da idade, escolaridade, sexo e estado civil.


Fonte: SPC Brasil - CNDL

Dia dos Namorados deve injetar 11,5 bilhões na economia

Dia dos namorados de 2017 deve levar 61% dos brasileiros às compras

Última data comemorativa do primeiro semestre, o Dia dos Namorados de 2017 deve levar 61% dos brasileiros às compras no período. A partir de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em toda as capitais, estima-se que aproximadamente 92 milhões de brasileiros devem presentar alguém neste 12 de Junho, o que deve injetar cerca de 11,5 bilhões de reais na economia.

Ainda que o número de pessoas interessadas em presentear alguém seja alto, a maior parte dos compradores não deve aumentar os gastos na comparação com o ano passado. Apenas 9% desses consumidores disseram que têm a intenção de gastar mais com os presentes. A maior parte (32%) planeja gastar a mesma quantia que em 2016, enquanto 24% pensam em diminuir. Os consumidores indecisos somam 16%.

A principal justificativa para 44% dos entrevistados que vão gastar menos no Dia dos Namorados é uma situação financeira ruim, com orçamento apertado (44%). Em seguida, 37% pretendem economizar, 25% devido ao aumento da inflação e da economia instável e 18% por causa de dívidas em atraso. Dentre a minoria, que pretende aumentar os gastos com presentes, o desejo de comprar um produto melhor (56%) e o encarecimento dos presentes (40%) são os mais mencionados. Apenas 8% disseram que vão gastar mais porque tiveram melhoria na renda.

Gasto médio com presentes deve ser de R$ 124 e 69% vão pagar à vista

O pagamento a vista será o meio mais utilizado pelos consumidores, citado por 69% da amostra, sendo que em 56% dos casos o pagamento será em dinheiro e em 13%, no cartão de débito. O cartão de crédito será usado por 24% dos entrevistados, seja em parcela única (9%) ou em várias parcelas (15%). Entre os que dividirão as compras, seja no cartão de crédito ou de loja, a média é de três prestações por entrevistado.

“Em um momento em que as pessoas estão inseguras em seus empregos, comprar o presente à vista é uma boa alternativa para fugir do endividamento. O ideal é não abusar dos parcelamentos para evitar o comprometimento da renda com prestações”, analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Considerando a soma de todos os presentes adquiridos, o gasto médio deve girar em torno de R$ 124. Este valor aumenta para R$ 158 entre os entrevistados das classes A e B e diminui para R$ 114 entre os respondentes das classes C, D e E. Vale destacar que metade dos entrevistados (50%) ainda não sabe ou não decidiu o quanto vai gastar com o mimo da pessoa amada.

De acordo com o levantamento, a maioria (87%) dos consumidores deve comprar apenas um único presente. Metade dos consumidores ouvidos pela pesquisa (50%) acredita que os produtos este ano estão mais caros do que em 2016, sendo a crise econômica o principal motivo para a elevação dos preços (73%), seguido do fato de o Dia dos Namorados ser uma data comemorativa, o que consequentemente aumentaria o preço dos presentes (18%). Por outro lado, 28% consideram que os presentes estão na mesma faixa de preço e somente 5% acreditam que os produtos estão mais baratos.

Quando perguntados se iriam gastar mais do que podem, 17% dos entrevistados admitem que costumam extrapolar o orçamento na hora das compras de Dia dos Namorados. As justificativas mais frequentes foram o merecimento da pessoa (24%), a vontade de agradar o parceiro, não importando o tamanho do gasto (22%) e a vontade de agradar o parceiro, não importando se o entrevistado teria que fazer dívidas (18%).

A pesquisa sinaliza que muitos dos consumidores que vão presentear estão com problemas financeiros: quase três em cada dez (26%) consumidores que pretendem comprar presentes têm contas em atraso atualmente e 22% estão com o nome sujo. Além disto, 8% afirmam que deixarão de pagar alguma conta para poderem presentear. Por outro lado, 78% dos entrevistados declararam que não têm o hábito de passar do limite e estourar o próprio orçamento com a data.

Mais da metade dos consumidores (68%) afirmam ter a intenção de fazer pesquisa de preço antes de comprar presentes, principalmente as mulheres (75%). “Vale reforçar a importância deste comportamento responsável, tendo em vista que a inadimplência é prejudicial tanto para o consumidor, que tem seu acesso ao crédito limitado; quanto para o lojista, que deixa de receber por uma venda já concretizada. Sobretudo em momentos de recessão, o consumidor deve respeitar o tamanho do próprio bolso, fazendo pesquisas de preço e pagando as compras de preferência à vista”, afirma Kawauti.

Roupas, perfumes e calçados lideram a preferência de compra

Os presentes mais procurados por quem vai presentear serão as roupas (30%), perfumes, cosméticos e maquiagem (18%), calçados (11%), acessórios como cinto, óculos e bolsas (9%), flores (7%), bombons e chocolates (5%), jantares (4%) e celulares e smartphones (3%).

O estudo buscou identificar não apenas os presentes mais procurados por quem vai presentear, como detectar também os presentes que o consumidor mais gostaria de receber no Dia dos Namorados. A ordem é a mesma: roupas (23%), perfumes (15%), calçados (10%) e acessórios (9%), que também lideraram o ranking da relação de presentes mais desejados.

Quanto aos locais de compras, os shopping centers são os destaques, com preferência de quase um terço (32%) dos entrevistados. As lojas de rua (22%), shopping populares (10%), lojas de departamento (7%) e lojas online pela internet (4%) completam a lista. Para escolher o local, os fatores mais decisivos são o preço (56%), a qualidade dos produtos ofertados (37%) e as promoções e descontos (32%). Cerca de 36% pretendem fazer as compras de última hora, apenas nas vésperas do Dia dos Namorados

A maior parte dos entrevistados (37%) pretende comemorar a data em sua própria casa. A comemoração em restaurantes foi a opção escolhida por 22% dos entrevistados e 8% vão optar pela casa do namorado(a). Dois em cada dez entrevistados (19%) ainda não sabem ou não decidiram onde vão celebrar a data.

Metodologia

A pesquisa foi realizada pelo SPC Brasil e pela CNDL no âmbito do ‘Programa Nacional de Desenvolvimento do Varejo’ em parceria com o Sebrae. Foram ouvidos, pessoalmente, 883 consumidores de ambos os gêneros, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais do país. Para avaliar o perfil de compra, foram considerados 600 casos da amostra inicial que têm a intenção de comprar presentes. A margem de erro dessa amostra é de no máximo 4,0 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.


Fonte: Agência Brasil

Inflação para famílias com renda mais baixa avança e fecha maio em 0,67%

Em todo o país, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, registrou 0,67% em maio. A taxa é superior ao 0,11% de abril. O indicador também ficou acima do Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda e que fechou em 0,52% em maio.

Os dados foram divulgados hoje (6), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O IPC-C1 acumula taxa de 3,47% em 12 meses. A taxa acumulada é inferior ao anotado pelo IPC-BR, cujo variação em 12 meses chega a 4,05%.

Cinco itens puxam inflação

O avanço da taxa entre abril e maio foi puxado por cinco das oito classes de despesa avaliadas pela FGV: habitação (cuja taxa subiu -1% para 2,19%), vestuário (de -0,65% para 0,52%), transportes (de 0,12% para 0,31%), despesas diversas (de 0,02% para 0,26%) e educação, leitura e recreação (de -0,02% para 0,15%).

Por outro lado, três grupos tiveram queda na taxa: alimentação (de 0,71% para -0,29%), saúde e cuidados pessoais (de 1,27% para 0,81%) e comunicação (de 0,58% para 0,21%).


Fonte: Investimentos e Notícias

Mercado de trabalho recua em maio

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas, recuou 1,2 ponto, em maio, para 99,3 pontos. O segundo mês de relativa estabilidade ocorre após três fortes altas no primeiro trimestre, quando o indicador avançara 10,5 pontos em termos acumulados. A dinâmica favorável dos meses anteriores afasta por ora a hipótese de reversão da tendência de melhora gradual das condições, ainda precárias, do mercado de trabalho.

“O recuo do IAEmp pode refletir alguma perda de confiança quanto à recuperação da economia brasileira ao longo dos próximos meses devido ao aumento da incerteza (principalmente política).”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, Economista da FGV/IBRE.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apresentou suave queda ao variar -0,1 ponto em relação ao mês anterior, para 97,3 pontos, mantendo o movimento descendente do indicador em médias móveis trimestrais.

“Os dados do ICD e do IAEmp estão alinhados com os atuais eventos da economia brasileira. O pequeno recuo do ICD cristaliza as quedas sucessivas dos meses anteriores, mostrando a melhora das perspectivas de redução da taxa de desemprego. No entanto, o aumento da incerteza pode reverter este quadro”, observa Fernando de Holanda Barbosa Filho.

Os componentes que mais contribuíram negativamente para a queda do IAEmp foram os indicadores que medem o grau de satisfação com a situação dos negócios no momento atual e o otimismo para os próximos seis meses, ambos da Sondagem da Indústria, com variações de -4,3 e -3,6 pontos, respectivamente.

Em relação ao ICD, a classe do consumidor que mais contribuiu para a queda do indicador foi o grupo dos consumidores que auferem renda mensal familiar entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00, cujo Indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido) recuou 2,5 pontos.


Fonte: Economia SC

Mercado financeiro prevê alta de 0,5% em 2017

Mercado financeiro voltou a prever alta após avanço do PIB de 1% no trimestre

O mercado financeiro voltou a prever crescimento econômico de 0,5% em 2017, após a divulgação, na última sexta-feira (2), de que o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, avançou 1% no primeiro trimestre deste ano.

Na semana passada, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento do PIB tinha caído para 0,49%, sob efeito da crise política. Essa projeção é do boletim Focus, uma publicação elaborada pelo Banco Central (BC) e divulgada em Brasília às segundas-feiras. A projeção para a expansão do PIB em 2018 caiu de 2,48% para 2,40%.

A estimativa para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 3,95% para 3,90%. Para 2018, a estimativa permaneceu em 4,40%.

Para as instituições financeiras, a taxa Selic encerrará 2017 e 2018 em 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 10,25% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação.

Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.


Fonte: Folha de S.Paulo

Desânimo do consumidor dificulta saída da recessão

Movimento de consumidores na avenida 25 de Março, centro de comércio popular em SP

Um dos principais motores da economia brasileira, o consumo interno continua exibindo sinais de fraqueza, o que deve dificultar a saída da recessão em que o país afundou há mais de dois anos.

O consumo das famílias representa quase 65% do PIB (Produto Interno Bruto) e encolhe desde o início da recessão.

Indicadores colhidos por diferentes pesquisas sugerem que o humor dos consumidores sofreu um novo baque com a eclosão da crise política.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a economia voltou a crescer no primeiro trimestre, puxada pelo agronegócio e pelas exportações. Mas o consumo das famílias continuou em queda no período.

Os dados divulgados na semana passada pelo instituto mostram que houve um recuo de 0,1% em relação ao último trimestre do ano passado, e de 1,9% na comparação com o primeiro trimestre do ano.

Embora a produção de bens de consumo duráveis, como geladeiras e carros, tenha apresentado alta de 0,6% em relação a abril de 2016, o desempenho de produtos como como vestuário, calçados e alimentos registrou declínio de quase 10%.

Para os economistas, com desemprego em alta e famílias ainda muito endividadas, nem a inflação baixa nem a liberação do dinheiro das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) foram capazes até agora de reanimar os consumidores de forma consistente.

Confiança

Não bastasse o cenário econômico ainda nebuloso, a percepção de analistas é que, ao menos para junho e julho, as chances de retomada de confiança talvez tenham sido soterradas pela crise política.

Após a delação dos donos da JBS vir a público, os índices que procuram medir a confiança do consumidor registraram quedas expressivas.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Federação do Comércio de São Paulo, que capta o humor dos paulistanos para as compras, já vinha oscilando desde o início do ano e teve uma performance sofrível de abril para maio, com queda de 7%.

A Fecomercio repetiu a pesquisa uma semana após a divulgação da delação da JBS, e nova queda foi identificada, de 2,3%. Com isso, o indicador voltou a cair abaixo de 100 —um nível de pessimismo que não era atingido desde julho do ano passado.

O Índice Nacional de Confiança do Consumidor da CNI (Confederação Nacional da Indústria) também acusou o golpe. Colhido entre os dias 18 e 22 de maio, caiu 2,7% sobre abril. Para Marcelo Azevedo, da CNI, uma "recuperação fantástica" do consumo está "fora de cogitação".

Desemprego

O consumo, que antes da atual recessão foi o principal motor de crescimento da economia brasileira, dificilmente vai conseguir retomar o ritmo visto nos anos pré-crise, de acordo com economistas.

O consumo não vai levar a economia nas costas, diz Alejandro Padrón, economista da 4E Consultoria.

Um dos entraves para a volta do protagonismo é a taxa de desemprego, que ronda os 14%, praticamente o dobro da taxa registrada no período de bonança da economia, por volta de 2012 ou 2013.

"Trata-se de milhões de pessoas que deixaram o mercado de trabalho e perderam seu poder de compra, e o impacto disso sobre o consumo é direto", diz Padrón.

Além dos cerca de 14 milhões de desempregados, a trajetória da renda dos indivíduos e o maior endividamento são outros pontos negativos que entram nessa equação.

Ainda que a renda média real dos trabalhadores tenha ficado estável no trimestre de fevereiro a abril de 2017, isso não significa necessariamente uma boa notícia para a recuperação do consumo.

A massa de rendimento real —o equivalente ao total disponível na economia para gasto— também fechou o trimestre encerrado em abril em estabilidade. Porém, na comparação com seu pico mais recente (no início de 2015), a queda chega a 5%.

O indicador de situação financeira das famílias da FGV (Fundação Getulio Vargas) é outro dado que mostra que deve demorar para o brasileiro voltar a abrir a carteira. Ele caiu 2% de abril para maio, para 64,1 pontos.

O indicador, considerado positivo a partir dos 100 pontos, está atualmente acima do piso de 57,3 pontos atingido em dezembro do ano passado, mas muito distante dos 115 pontos alcançados no pico, em julho de 2011.

O índice que mede a satisfação das famílias com a atual situação financeira piorou mesmo com o recuo dos juros e da inflação e com a liberação dos recursos de contas inativas do FGTS pelo governo —que tinha como um de seus objetivos exatamente o pagamento de dívidas.

Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV, diz que o consumidor espera, acima de tudo, melhora do mercado de trabalho, além de estabilidade mínima econômica e política.

Agronegócio

Segundo Guilherme Dietze, assessor econômico da Fecomercio São Paulo, o que deve dar algum alento ao comércio do Estado neste ano é o interior, puxado pelo efeito positivo do agronegócio (um dos destaques do PIB do primeiro trimestre).

Para Dietze, o que vem ocorrendo em São Paulo (que responde por mais ou menos um terço do comércio varejista brasileiro) dá uma boa medida dos desafios enfrentados pelo consumo —e também pelo PIB— do país.

Na capital paulista, segundo ele, nos primeiros meses do ano, o varejo cresceu 3,5% em relação a isso 2016.

O desempenho ficou bem distante do obtido pelo comércio de cidades como Araraquara (10,5%) e Ribeirão Preto (7,9%). O resultado mostra a força do agronegócio não só sobre o varejo como sobre o PIB como um todo.

Marcelo Azevedo, economista da CNI, diz que a piora significativa do pessimismo com relação à inflação apontado na pesquisa de maio, a despeito de os preços estarem bastante controlados, mostra o grau de contaminação do cenário de incertezas atual sobre o consumidor.

"O consumo das famílias é importantíssimo para o PIB, mas não há elementos para acreditar que a recuperação seja rápida", diz.

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